A Câmara de Guimarães congratulou-se hoje com a abertura do procedimento de ampliação da classificação do Centro Histórico da cidade, de forma a abranger a zona de Couros.
Em comunicado, a Câmara refere que se trata de “uma fase importante” no processo da classificação da zona de Couros como Monumento Nacional, condição necessária “para que seja bem-sucedida a candidatura à UNESCO de alargamento do título de Património Cultural da Humanidade àquela zona da cidade”.
O anúncio de abertura do procedimento de ampliação da classificação do Centro Histórico de Guimarães, de forma a abranger a zona de Couros, foi hoje publicado em Diário da República.
O despacho da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) resulta de uma proposta da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), na sequência da candidatura do município de Guimarães e da sua inclusão na Lista Indicativa de Portugal ao Património Mundial da UNESCO desde 2016.
Em causa está a ampliação da classificação do Centro Histórico de Guimarães, de forma a abranger a Zona de Couros (União das Freguesias de Oliveira, São Paio e São Sebastião e freguesias de Creixomil e Urgezes), e a fixação da respetiva Zona Especial de Proteção (ZEP) provisória.
Citado no comunicado, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, destaca a “enorme importância” da integração da zona de Couros no “património histórico e visível da cidade”.
O autarca alude ao “denso investimento” da Câmara com o objetivo central da ampliação da classificação do Centro Histórico de Guimarães, apontando nomeadamente a requalificação do Teatro Jordão e Garagem Avenida, a reabilitação da antiga Fábrica Freitas & Fernandes, a aquisição para reabilitação da Fábrica do Arquinho, a futura escola-hotel a instalar na Quinta do Costeado, a construção do parque de estacionamento de Camões e a reabilitação da rua Dom João I e Caldeiroa.
A zona de Couros é uma área relacionada com a transformação de curtumes.
Há muitos testemunhos ainda visíveis, com milhares de metros quadrados de tanques de curtimenta conservados na sua autenticidade.
Uma parte significativa dos edifícios foi já recuperada e reconvertida, na sua maioria pelo município, para necessidades atuais, designadamente para equipamentos culturais e sociais.