A Barca – Associação Amigos do Cávado denunciou, ontem, que foi realizada uma descarga “ilegal” num ribeiro que desagua no rio Cávado, em Barcelos.
De acordo com Mário Figueiredo, presidente da coletividade, um indivíduo estaria a descarregar águas “sujas”, presumivelmente sem tratamento adequado, para o ribeiro de Vila.
O episódio ocorreu na zona do Brigadeiro, junto a uma estação elevatória da Águas de Barcelos, e pouco metros do rio Cávado.
A mesma associação indica que a GNR foi chamada ao local “de imediato” e o homem foi identificado.
A empresa responsável pelos trabalhos nega qualquer descarga, referindo que estaria a retirar água do ribeiro para limpezas nas obras dos passadiços. De acordo com a firma, a operação foi efetuada com licenciamento, como verificaram os guardas da GNR.
Mário Figueiredo considera “estranho” uma situação como esta ocorrer “à vista de todos”, em plena luz do dia e numa zona natural frequentada por moradores daquela zona de Vila Frescainha S. Martinho, que está a ser requalificada no âmbito do projeto do passadiço de Barcelos.
Para o dirigente, existe um “sentimento de impunidade”. Contudo, não se trata de uma “questão de legislação”, porque ela existe, mas sim de aplicação da lei, já que o “sistema” é demasiado “burocrático” e “ineficaz”.
A Barca – Associação Amigos do Cávado, associação sem fins lucrativos, foi fundada em 2017 por um grupo de cidadãos barcelenses com preocupações ambientais de defesa do rio Cávado.
Notícia atualizada às 16:50 com resposta da empresa visada