O Festival Vaudeville Rendez-Vous, que decorre de 15 a 23 de julho, vai contar com oito estreias, duas das quais absolutas, num total de 12 espetáculos que vão percorrer as ruas e salas de Famalicão, Braga e Guimarães.
Esta quinta-feira, na sessão de apresentação, o diretor artístico Bruno Martins admitiu que em Portugal “não há grande investimento nas artes de rua e de circo contemporâneo“, aplaudindo a aposta dos três municípios do Minho que vão custear nove dias de festival internacional, num total de 120 mil euros.
O alargamento do evento, de entrada gratuita, promovido pelo Teatro da Didascália, que até aqui só se realizava em Famalicão, a outras cidades é a principal novidade deste ano, tendo a organização avançado que já garantiu financiamento para as duas próximas edições.
Bruno Martins avançou ainda, como objetivos, “fomentar a criação artística e a coprodução de artistas e espetáculos”.
O Vaudeville Rendez-Vous arranca no dia 15 de julho em Guimarães com a estreia nacional de “tipping point”, um espetáculo onde o palco é circular, colocando a plateia próxima da ação.
No dia seguinte o festival chega a Famalicão e a Braga com “Arremesso” e “Resiliência”, entre outras ofertas culturais, que vão decorrer no Parque da Juventude e na Avenida Central, respetivamente.
Sobre “Arremesso”, da Companhia Bisonte Amarelo, que a 19 de julho também visita Guimarães e a 23 Braga, trata-se de uma das duas estreias absolutas do programa, somando-se exatamente o espetáculo “Resiliência”, da UmPor1, que a 17 sobe ao palco da Plataforma das Artes e a 19 do Parque da Juventude.
Destaca-se ainda o “tauromáquina”, da espanhola Animal Religion, uma produção que foi nomeada melhor espetáculo de rua na Catalunha em 2015 e que chega a cena a 18 de julho na Praça Municipal de Braga e dois dias depois na Praça D. Maria II, em Famalicão.
Enquanto o Largo Condessa do Juncal, em Guimarães, recebe no dia 18 o “potted”, uma estreia nacional criada sob a premissa da inovação artística.
Premiado com “Prix de l’Humour à Leioa”, em Espanha, em 2014, e o “prix du Public” em Années Joué em 2013, o espetáculo de uma jovem companhia dos Alpes, a Kadavresky, apresenta-se no Largo da Sé de Braga a 19 de julho.
E a terceira edição do Festival Vaudeville Rendez-Vous termina com “a corps perdus” da Bivouac, que joga com os mastros chineses e as camas elásticas na Praça D. Maria II, em Famalicão, dia 23.
“Este festival pretende fomentar uma relação com o património, com as artes e fomentar o debate também”, indicou Bruno Martins, enumerando atividades paralelas como oficinas e workshops e a primeira edição do “Cabaret Showcase”, que vai reunir no Centro Cultural Vila Flor, a 18 de julho, programadores e agentes artísticos para “conversarem e verem obras emergentes ao vivo”.
Já o debate “O Circo e os seus círculos sociais” vai realizar-se, no dia anterior, na Casa das artes de Famalicão com três grandes projetos: um nacional proveniente de Viseu, o CircusLab, um segundo de Cabo Verde, o Circriolo, e Crescer e Viver do Brasil.
Para o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha, esta iniciativa “afirma a maturidade” das três cidades minhotas que abraçaram o festival por terem, disse o autarca, “percebido que a cultura ganha com esta associação”.
Já o vereador da Cultura de Guimarães, José Bastos, vincou que “Cultura também é economia” e recordou que estes três concelhos já têm tradição na prática regular de programação conjunta.
“Experienciar” as cidades foi, por fim, o convite deixado pelo vice-presidente da câmara de Braga, Firmino Marques, que apontou o Vaudeville Rendez-Vous como uma forma de “levar mais público e mais pessoas aos centros urbanos”.
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