Os cinco séculos de história de Arcos de Valdevez estão retratados nas criações dos 64 artistas plásticos, nacionais e estrangeiros, que participam na edição 2015 da Bienal de Artes que abre portas, este sábado.
O diretor da Casa das Artes, Nuno Soares, explicou que, este ano, no âmbito das comemorações dos 500 anos do Foral do concelho, a organização da D’ARTVEZ, “desafiou cada um dos 64 artistas a criar uma obra artística com base em textos dos últimos 500 anos, sendo a sua representação pública considerada de forma conjunta, numa experiência visual única”.
“Há ano e meio fornecemos os textos sobre a história de Arcos de Valdevez, desde finais do século XV até 2015, e agora vamos apresentar as criações de artistas de Portugal, Espanha, Chile, França, Bélgica”, explicou.
A inauguração da trigésima edição da bienal ARTVEZ está marcada para as 21h30, na Casa das Artes, onde vai estar patente até 31 de janeiro de 2016.
Antes da abertura da exposição, o programa inclui a inauguração de uma escultura comemorativa dos 500 anos do Foral de Arcos de Valdevez.
A peça em bronze, da autoria do escultor e artista plástico José Queiroz de Aguiar, falecido em 1997, tem 6,5 metros de altura e cerca de quatro metros de largura.
O corpo da escultura, concebida pelo escultor, natural de Arcos de Valdevez, em 1978, tem gravados em relevo, os nomes das freguesias que existiam em 1515, ano em que o rei Dom Manuel I outorgou o foral a este concelho.
“Trata-se de uma figura humana, montada como se fosse a quilha de um barco sob eixo que representa o movimento complexo dos 500 anos. É uma alegoria do que se passou no século XVI, altura em que se registou a primeira grande diáspora de Arcos de Valdevez. Representa ainda a história do país e dos descobrimentos”, explicou Nuno Soares.
O programa da D’ARTVEZ integra ainda o espetáculo “reEncontros”, da autoria de Miguel Fernandes e Gil Milheiro, em parceria com o Grupo de Estudos do Património Arcuense (GEPA).