Alto Minho
Cinco dias, três árvores e um jato de água: O resgate da gata Lola em Ponte de Lima
Resgate
em

A gata que estava há cinco dias no topo de um pinheiro, no campo de golfe de Ponte de Lima, já está sã e salva aos cuidados da família e de um veterinário.
Lola de seu nome, estava no topo de um pinheiro, a 20 metros de altura, e nunca colaborou com os bombeiros das cinco vezes que lá foram nos últimos cinco dias.
Esta tarde de domingo, foram muitos os que se deslocaram ao campo de golfe para ajudar a Lola. Ao todo, dezenas de pessoas e viaturas dos bombeiros não foram suficientes para persuadir a gata a deixar as ‘instalações’ que improvisou.

Resgate de Lola. Foto: O MINHO
Ao que apurou O MINHO, a empresa de desporto aventura Timeout, sediada em Ponte de Lima, disponibilizou os meios e a mão de obra para retirar Lola do pinheiro, mas a gata não queria mesmo sair de lá.

Foto: António Leitão
Vítor Melo, um dos sócios da empresa, disse ao nosso jornal que a empresa foi chamada pela dona do gato, depois da quinta tentativa frustrada por parte dos bombeiros através de uma autoescada. É que Lola trocava sempre as voltas aos operacionais.
O responsável da empresa conta que foram utilizadas técnicas com cordas para a subida à árvore. “Estivemos ao pé da gata, mas ao tentar capturar, ela saltou de uma copa da árvore para outra. Pegámos numa vara extensivel para fazer com que descesse mas ainda saltou para uma árvores diferente”, contou.
Face a novo insucesso, a dona da gata ligou novamente para os bombeiros e pediu para que se utilizasse o último recurso. Um jato de água.
Primeiro, foi improvisado um toldo por debaixo da zona onde estava Lola. Mal foi atingida com a água, caiu nesse mesmo toldo. Era a última solução.

Foto: Facebook de Alaar

Foto: Facebook de Alaar
Apesar da polémica que uma situação como esta já suscitou anteriormente no mesmo concelho, este resgate foi feito com o total consentimento dos donos, por não existir alternativa.
Segundo a Associação Limiana dos Amigos dos Animais de Rua, a Lola encontra-se bem e foi a uma clínica veterinária apenas para observação.
Aquela instituição, que acompanhou o processo, agradeceu a persistência dos bombeiros e a generosidade da Timeout para que o resgate fosse concluído com sucesso
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Alto Minho
A rara beleza do lobo-ibérico na neve do Gerês (pela lente de Carlos Pontes)
Biodiversidade

“O inverno é uma das épocas do ano mais difíceis para seguir lobos e as suas condutas”. Quem o afirma é Carlos Pontes, fotógrafo e videógrafo de natureza natural de Ponte da Barca e um dos mais bem informados ‘seguidores’ das alcateias de lobo-ibérico do Parque Nacional Peneda-Gerês.
Desta vez, e pós várias horas de espera, conseguiu vislumbrar três lobos adultos, capturando o momento em fotografia. O colaborador da National Geographic conta que estes lobos, “assim como nós humanos, pelo menos em crianças, recebem com alegria a neve e insistem em aproveitar cada momento”.
“Em algum lugar, longe de pressões e barulhos desagradáveis, dois lobos adultos aproveitam a oportunidade de um sol que se revelou após dias de tempestades, nevoeiros densos e frio extremo”, conta Carlos, sempre “concentrado no cenário”.
“Os bichos mantinham alguma distância entre eles, chegaram a dormir cerca de uma hora em que a única acção que tinham era sacudir a neve e, volta e meia, levantar a cabeça para vigiar a envolvente. Eu esperava acontecimentos e tomava um café quentinho”, relata o profissional.
“Mais tarde e sem pressa, entra em cena um outro lobo, um pouco maior e mais escuro. Aquela silhueta, no alto da encosta, exibia uma pose e imponência que me deixou mais empolgado ainda, pois de imediato se reuniram e começaram a festa. Entre reviravoltas na neve, saltos sem jeito e corridas com escorrega, estes três lobos fizeram delícias como cachorros acabados de se encontrar no parque”, detalha Carlos Pontes.
“Apenas de café tomado, percebi, naquele exato momento, que realmente não sentia nada a não ser uma alegria enorme por todas aquelas imagens que presenciei e pude registar, porque os pés, as mãos e as restantes partes do corpo demoraram a reaparecer e fazerem-se sentir (risos)”, remata.
Quem é Carlos Pontes?
Um apaixonado pela fotografia de fauna selvagem. Natural de Ponte da Barca, desde criança que tem contacto com o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), não só com a área inserida em Ponte da Barca mas também em Arcos de Valdevez e Melgaço, zonas com as quais mais se identifica.
Aos 35 anos, é hoje considerado um autor diferenciador dos animais e paisagens do PNPG. Esteve sempre em contacto com serras e animais, enquanto se formou em design e buscou conhecimentos em biologia. Com grande habilidade técnica no mundo da natureza e fotografia, estuda teoria e prática sobre as áreas e espécies que fotografa.
Carlos Pontes em trabalhos junto ao rio Vez. Foto: Luís Fernandes
Venceu alguns prémios em concursos nacionais de fotografia, colaborou com documentários de vida selvagem transmitidos pela televisão portuguesa e colaborou em publicações da National Geographic
Mais recentemente, colaborou como câmara no novo projeto “DEHESA – el bosque del lince” do aclamado produtor e realizador de filmes de natureza, Joaquin Gutierrez Acha.
Esta produção, sobre sobre Portugal e Espanha é da autoria de um dos melhores realizadores da Europa onde só entram dois portugueses: Carlos Pontes e João Cosme.
“Conhecer Carlos Pontes é perceber que o seu ADN é marcado pelas serras e os animais, particularmente o lobo-ibérico (canis lupus signatus)”, diz a biografia que o autor partilhou com O MINHO.
Desde os nove anos que vê lobos em estado selvagem, mas desde os vinte anos que começou a mostrar mais interesse. Os lobos são, hoje, a sua “principal fonte de inspiração”.
‘Set’ improvisado no monte por Carlos Pontes. Foto: Facebook de Carlos Pontes
Através de exposições, Carlos Pontes quer ajudar a valorizar o lobo como “um elemento crucial não só da biodiversidade regional, mas também da identidade cultural e tradição populares”.
“Desmistificar a falsa ideia do lobo mau pode permitir que as entidades governativas da região vejam na sua imagem e no rico património cultural a ele associado no contexto ibérico uma mais valia para o desenvolvimento económico e turístico”, refere o autor.

A Unidade Pastoral Paulo VI decidiu suspender as missas na vila de Melgaço, foi hoje anunciado.
De acordo com uma publicação nas redes sociais efetuada pelos párocos Arcélio Sousa e Carlos Martins, as missas deixam de ter fieis a partir de hoje e durante um período de 15 dias.
Esta medida aplica-se apenas às paróquias daquela unidade pastoral e não às de todo o concelho.
“Face ao aumento de casos Covid-19 no nosso município de Melgaço, a Unidade Pastoral Paulo VI decidiu suspender as celebrações de Eucaristia a partir do dia de hoje, 16 de Janeiro de 2021, num período de 15 dias”, pode ler-se na nota publicada nas redes sociais.
Indicam ainda que os fiéis podem assistir às celebrações “através dos meios de comunicação digitais e celebrar nas vossas Igrejas Domésticas”.
Melgaço somou mais 30 novas infeções entre quarta e sexta-feira, contabilizando atualmente 119 casos ativos e 337 confirmados desde o início da pandemia. Já morreram 14 pessoas e recuperaram 204.
Alto Minho
Águas do Alto Minho regulariza consumos suspensos em 2020 por erros nas faturas
AdAM explicou que irá enviar aos consumidores “uma fatura adicional, de cor amarela, referente ao valor dos consumos não faturados em 2020”

A empresa de gestão das redes de água em baixa e de saneamento Águas do Alto Minho (AdAM) anunciou hoje o início da regularização dos consumos não faturados em 2020, na sequência de erros que afetaram 15 mil consumidores.
Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, a AdAM explicou que irá enviar aos consumidores “uma fatura adicional, de cor amarela, referente ao valor dos consumos não faturados em 2020”.
“Esta fatura é enviada na mesma carta da fatura de janeiro de 2021. Ou seja, os clientes receberão duas faturas, uma normal, referente ao período dos últimos 30 dias, e outra, de cor amarela, referente ao valor não faturado em 2020”, especifica a empresa.
A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP)e, em 49%, pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.
A faturação foi suspensa em abril, depois de terem sido detetados erros que afetaram 15 mil consumidores, e reiniciada em junho de 2020.
“A AdAM suspendeu a faturação aos seus clientes por um período de 35 a 90 dias, numa média de cerca de dois meses. Esta suspensão teve como objetivo resolver problemas no sistema de faturação e evitar cobranças não devidas”, explica a empresa na nota de imprensa hoje enviada.
A AdAM informa que os consumidores poderão regularizar os consumos “na totalidade, pelos canais de pagamento usuais, ou de forma fracionada, bastando não realizar a liquidação imediata”.
“Valores inferiores a 30 euros serão pagos em seis frações, cobrada nas faturas dos seis meses seguintes e os valores superiores a 30 euros serão pagos em 12 frações, cobradas nas faturas dos 12 meses seguintes”, explica a empresa.
“No caso de débito direto, o fracionamento será automático, com os mesmos critérios, mas não será remetida a fatura pela totalidade às entidades bancárias”, acrescenta.
A empresa adianta que “irá manter em funcionamento as lojas no período de confinamento, reforçar o número de balcões de atendimento e o atendimento telefónico”.
A nova empresa começou a operar em janeiro, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.
A constituição da empresa tem sido contestada por vários partidos e pela população de alguns concelhos, que se queixam do aumento “exponencial” das tarifas e do “mau funcionamento dos serviços”.
Em agosto último, a empresa pediu desculpa por nova “incorreção” detetada num “lote” de leituras dos consumos de maio, que afetou as faturas de 495 clientes de seis concelhos da região, garantindo estar a processar notas de crédito.
Nessa altura, numa manifestação convocada através das redes sociais, a população realizou protestos nos sete concelhos integrados na AdAM, junto aos edifícios camarários, exigindo o regresso da gestão de redes de água em baixa e de saneamento às autarquias.
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