Enganou um homem que pôs um Mercedes à venda num site da internet. E fez o mesmo a um outro, de Braga, só que, desta vez, agredindo-o e roubando-lhe as chaves do carro. Foi, agora, condenado a cinco anos de prisão, com pena suspensa, por burla agravada e falsificação de documento, pelo Tribunal de Braga. Que entendeu dar-lhe uma última oportunidade de ressocialização.
O primeiro crime ocorreu em junho de 2015. Bruno Filipe Pereira, de alcunha “Bolacha”, com 32 anos, natural da Maia, mas residente na Póvoa de Varzim, viu que um homem, Carlos Queirós pôs o carro à venda num site da internet, um Mercedes E, por 22 mil euros. O Bruno – diz o coletivo de juízes no acórdão – havia-se apossado, ilegalmente, de um cheque, pertença de José Henrique Silva, que preencheu e assinou, com o valor de 22 mil euros.
Contactou, então, o vendedor e marcou encontro em Matosinhos. Entretanto, tinha pedido a um amigo que depositasse o cheque na conta de Carlos Queirós. No local, contou-lhe a «estória» do depósito, e os dois foram ao multibanco onde constava o depósito de 22 mil euros. O incauto vendedor, entregou-lhe as chaves do Mercedes, e o arguido saiu com ele. Nunca mais apareceu.
Pouco tempo depois, e no mesmo site, topou que um outro homem, de Braga, queria vender, no mesmo site, por 33 mil, um Mercedes C220.
Contactou-o e marcaram encontro junto ao novo estádio municipal da cidade, para que pudesse ver a viatura. Aí, o “Bolacha” deu-lhe um forte empurrão, que o fez cair ao chão, tirou-lhe as chaves e pôs-se em fuga. O automóvel veio a ser encontrado, dias depois, pela PSP, e entregue ao proprietário.
A pena de cinco anos, resulta do cúmulo jurídico, de um outro crime, também por burla qualificada, que lhe valeu dois anos de prisão,
também suspensos por igual período.
O Bruno terá de pagar 22 mil euros, do Mercedes, tendo-lhe sido concedida a oportunidade de pagar 2500 euros nos próximos três meses e o restante, a seguir.
Os juízes concluíram que mostrou forte vontade de pagar e de não voltar a praticar crimes. Se o fizer, vai para a prisão.