A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa pediu ao Governo o reforço dos apoios para a indústria têxtil e vestuário para evitar o encerramento de empresas e consequente desemprego no território, foi hoje anunciado.
Aquela CIM sediada em Penafiel assinala que aquele setor é um dos mais estratégicos da região, empregando cerca de 19 mil pessoas.
“Entre as medidas reivindicadas pela CIM do Tâmega e Sousa ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital e à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social estão a possibilidade de acesso das empresas ao regime de ‘lay-off’ simplificado”, para que seja possível suspender parcial e temporariamente a atividade industrial, sem perda de postos de trabalho”, refere a entidade, em comunicado.
A CIM pede também “a revisão dos encargos para as empresas no ‘apoio extraordinário à retoma progressiva’ e no ‘apoio excecional à família’, cruciais para a sobrevivência das empresas e para o equilíbrio económico e social do Tâmega e Sousa”.
Aludindo a dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), refere que aquela “região foi particularmente atingida pelo impacto económico causado pela pandemia de covid-19”, frisando-se que “em 2020 as exportações de têxteis e vestuário registaram uma quebra de quase 30%, sendo que a subcategoria de vestuário de tecido apresenta o valor ainda mais alto, com uma redução de mais de 40%.”.
Segundo a CIM, “estas quebras terão reflexo na estrutura empresarial”, numa região onde 32% do total de trabalhadores da indústria transformadora está ao serviço daquele setor industrial.
Indica ainda que nos contactos mantidos com os representantes das associações setoriais, percebe-se que “nos próximos meses não existem perspetivas de retoma nos principais mercados europeus, que representam 75% das exportações de têxteis e vestuário do Tâmega e Sousa”.
A comunidade intermunicipal, que reúne os municípios de Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Resende, diz recear os “efeitos devastadores que esta realidade possa ter nas empresas e no emprego na região”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.185 pessoas dos 801.746 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.