Os moradores do Bairro C, em Guimarães, localizado na zona de Couros, classificada em 2023 pela UNESCO como Património Mundial, e habitantes de outras freguesias do concelho, reúnem-se no sábado para debaterem questões ambientais e proporem soluções.
A segunda Assembleia de Cidadãos, implementada no âmbito do projeto Bairro C: Compromisso Carbono Zero, realiza-se na Universidade das Nações Unidas (UNU-EGOV), em Guimarães.
“Os participantes serão chamados a discutir e propor soluções nas áreas de resíduos, economia circular, energia, áreas verdes e biodiversidade. O objetivo é proporcionar aos habitantes do município uma voz ativa nas tomadas de decisão no que respeita às questões ambientais, para que possam contribuir com soluções ambientalmente eficazes”, refere o Laboratório da Paisagem (LP), uma das entidades promotoras.
A Assembleia de Cidadãos é composta por um máximo de 100 pessoas, 80% das quais deverão ser cidadãos residentes nas freguesias integrantes da área do Bairro C (União de Freguesias da Cidade, Creixomil e Urgezes) e os restantes residentes noutras freguesias do concelho.
O grupo pretende garantir a igualdade entre o número de elementos do género feminino e masculino, bem como a inclusão de elementos de todos os grupos etários dos 16 até maiores de 65 anos.
Para participarem, os interessados devem preencher um formulário disponível na página da Internet do Laboratório da Paisagem.
“Desenvolvido pela Câmara Municipal de Guimarães, Laboratório da Paisagem e RdA, e inserido no NetZeroCities, o projeto-piloto ‘Bairro C: Compromisso de Carbono Zero’ visa uma abordagem integrada nos domínios da energia, mobilidade, resíduos e uso do solo, alavancando a mudança comportamental, inovação social, cultura, política, tecnologias verdes, finanças sustentáveis e novos modelos de negócio”, explica o LP.
Segundo o LP, fundado em 2014 pela Câmara de Guimarães e pelas universidades do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, “a peça-chave do projeto é um Pacto do Cidadão para a neutralidade e processos de cocriação, tornando assim possível a atuação em todos os domínios de emissões”.
“O projeto promove um forte envolvimento dos cidadãos e a descarbonização através, entre outros, da promoção da utilização dos transportes públicos, da eficiência energética e da produção local de energia renovável, nomeadamente em edifícios históricos e de estratégias de economia circular”, sublinha o Laboratório da Paisagem.