Um cidadão de Caminha foi, este sábado, impedido de entrar na cadeia de Viana do Castelo, onde vai, semanalmente, visitar um preso, com o argumento de que não é seu familiar direto.
“Não se admite que, em véspera de Natal, não me deixem ver um amigo, sendo eu a sua visita principal, como os próprios guardas sabem e os registos confirmam”, lamentou, em declarações a O MINHO, sob anonimato.
O visitante levava, também, um petisco para o amigo, que acabou por vir para trás, dada a intransigência dos guardas, que invocavam “diretivas” do sindicato do setor. Cumprem um período de greves para protestar contra o novo horário de trabalho e contra a alteração nas remunerações.
O cidadão diz que, ao chegar, informou que, embora não sendo familiar, era visita regular do detido, tendo os guardas optado por deixá-lo entrar. Quando estava a começar a ser revistado e a comida a ser analisada, os guardas voltaram atrás na medida, com o argumento de que não estava na lista inicial dos favoritos do cidadão preso: “expliquei-lhes que, só soube da prisão, 15 depois de ela se ter consumado, pelo que não estava nessa lista, mas nem assim me permitiram a visita”.
E a concluir, lamenta: “É pena que pessoas com responsabilidades várias, incluindo sociais, se comportem desta maneira, violando o espírito natalício e de solidariedade prórpia da época e prejudicando um cidadão que é um preso exemplar”.
A diretora do estabeelecimento prisional está de férias, pelo que O MINHO não pôde contactá-la. A Direção-Geral dos Serviços Prisionais tem vindo a lembrar que os guardas têm de cumprir serviços mínimos.