A China começou a usar amostras anais como novo método para testar pessoas que possam ser consideradas de alto risco, por morarem em zonas onde foram previamente detetados casos de infeção por covid-19. Segundo Li Tongzeng, médico do hospital Youan, em Pequim, este tipo de triagem aumentará a taxa de deteção do novo coronavírus, pois este permanece mais tempo no ânus do que no trato respiratório.
A recolha de amostras via anal não é utilizada como método oficial de testagem, mas apenas nas zonas do norte do país, onde surgiram recentemente mais de 1.700 novos casos. As autoridades recolheram amostras de moradores de bairros de alto risco da cidade de Pequim, segundo a estação CCTV.
O método baseia-se na inserção de uma zaragatoa com dois a três centímetros, embebida em solução salina, no ânus, sendo depois testada a amostra. Posteriormente a zaragatoa é retirada e colocada num recipiente de amostra selado. O processo leva cerca de 10 segundos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Em Portugal, hoje é o segundo dia com maior número de novos casos diários de infeção. O valor mais alto foi atingido em 23 de janeiro, quando as autoridades registaram 15.333 casos de infeção em 24 horas.
O boletim epidemiológico revela também que estão internadas 6.603 pessoas, mais 131 em relação a terça-feira, o que representa um máximo diário de internamentos, das quais 783 em unidades de cuidados intensivos (mais 18 nas últimas 24 horas).