Declarações após o jogo SC Braga-Nacional (2-2), da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal em futebol:
– Artur Jorge (treinador do SC Braga): “Sinto uma grande satisfação e orgulho pelo trajeto, que foi de ótimo nível: eliminámos o Felgueiras, Moreirense, Vitória SC, Benfica e agora Nacional, fomos competentes em todos os jogos e é com mérito que chegámos à final, estamos todos muito satisfeitos.
Chegar à final desta prova era um dos objetivos da época e, no campeonato, temos cinco finais pela frente, temos que ser muito competentes para atingirmos os nossos objetivos. Não tenho nenhum adversário preferido e se tivesse não o admitia aqui. Agora, temos que redefinir objetivos porque antes era chegar à final e agora queremos vencer, e estou a dizer isto antes de saber o adversário.
Não fiquei satisfeito com o resultado, os jogadores também não, a ganhar por 2-0 não devíamos ter permitido que o Nacional empatasse. Isso aconteceu de uma forma que não me agradou, baixámos de intensidade e não o devíamos ter feito.
Mas, depois do 5-0 da primeira mão e de estarmos em vantagem por 2-0, acaba por haver algum relaxamento. Digo-o frontalmente, mas tenho que valorizar o percurso e o objetivo alcançado, mas queríamos continuar na série de vitórias.
[Primeiro, Braga, a disputar uma final da Taça de Portugal como jogador e agora como treinador] É uma satisfação para mim, é um orgulho tremendo. Já sofri enquanto adepto em duas finais, numa perdemos e ganhámos outra, espero sair feliz do jogo e com a satisfação de vencer”.
– Filipe Cândido (treinador do Nacional): “A equipa hoje deixou uma imagem muito semelhante à do primeiro jogo, se olharmos para os dados estatísticos do primeiro jogo o que fez a diferença foi a eficácia do Braga, que resolveu a eliminatória verdadeiramente, porque seria sempre muito difícil reverter um resultado dessa natureza.
Quero deixar uma palavra para os nossos jogadores, o que fizeram hoje foi um prémio ao nosso trajeto nesta competição. Fomos uma equipa que dignificou o clube em todos os jogos, tínhamos a ambição de poder avançar, mas defrontámos uma equipa que está num momento muito bom, vai a esta final e tem possibilidades de ser campeã nacional.
Pode dizer-se que o Braga estava mais relaxado, mas a nossa equipa teve sempre essa dignidade, como tem tido sempre. Temos jogadores que se querem mostrar, porque não são assim tão conhecidos. Hoje tínhamos que jogar com muita ambição. Eu também nunca tinha estado numa meia-final como jogador, é um jogo sempre para jogar independentemente do primeiro jogo e deixámos aqui uma boa imagem.
(Dificuldades na II Liga) Temos na memória o Nacional europeu, mas tinha um financiamento bem diferente, que nós não temos. Como treinador, não me agarro ao que quer que seja, só ao trabalho. Os orçamentos não ganham jogos, mas se não fosse assim, o Manchester City e outras equipas semelhantes não gastavam tanto dinheiro porque com pouco também tinham grandes equipas.
Hoje, fizemos gestão a pensar já no jogo do campeonato, corri algum risco com as cinco substituições muito cedo, mas com várias trocas a equipa deu uma resposta ao que o jogo ia pedindo e até recuperou de uma desvantagem de 2-0. Só juntos é que atingiremos os objetivos e vamos tentar que este jogo seja um bom tónico para o que aí vem”.