Declarações dos treinadores do FC Porto e do Gil Vicente, Sérgio Conceição e Rui Almeida, no final da partida da quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol, que os ‘dragões’ venceram por 1-0.
Rui Almeida (treinador Gil Vicente): “Mesmo com quatro jogos oficiais disputados, ficou claro que chegámos a casa do campeão nacional e não mudámos o nosso processo, a nossa forma de jogar, e conseguimos, em certos momentos, impor-nos e estar por cima do jogo.
Na primeira parte, houve oportunidades para ambas as equipas, mas a ineficácia custou-nos caro. Entrámos bem no jogo, e mesmo nos momentos em que o FC Porto nos obrigou a baixar, estivemos coesos. Tivemos boas ocasiões, mas temos de ter mais eficácia para matar o jogo no momento certo.
Não estou contente, porque perdi o jogo, mas sendo apenas a quarta partida que fazemos, penso que demos respostas para vários problemas que o adversário nos criou, o que me deixa orgulhoso.
No golo sofrido, foi uma questão de maturidade. Devíamos ter parado a jogada do Corona. Mas sei que os jogadores vão perceber que são os pequenos detalhes que muitas vezes fazem a diferença”.
Sérgio Conceição (treinador do FC Porto) “Chegámos de Manchester na quinta-feira, às 6:00 da manhã, sexta recuperámos, e hoje já foi o jogo. Tinha de encontrar gente fresca para enfrentar um adversário que sabíamos que vinha defender num bloco mais baixo, e que nos competia desmontar essa organização defensiva.
Hoje, jogámos com três defesas e sete jogadores na frente. Mais ousado era impossível, mas não nos adaptamos a nenhum adversário. Sabíamos que toda a despesa do jogo era nossa, não do Gil Vicente.
A forma com entrámos no jogo não foi a melhor, e até aos 25 minutos não criámos perigo, mas, depois, além do golo, tivemos mais duas situações em que podíamos ter aumentado a vantagem.
O Gil Vicente também criou algum perigo, mas na segunda parte retificamos e tivemos cinco ocasiões claras, incluindo o penálti, para marcar.
Não conseguimos fazer, e depois da expulsão é normal que o adversário ganhe alguns metros, e tente meter bolas de forma mais direta. Mas não me lembra uma situação de perigo.
(sobre o esquema com três defesas) Todos os treinadores têm esquemas alternativos, dependendo se queremos ser mais ou menos ofensivos. Temos trabalhado o que viram hoje.
(sobre Evanilson) É um jovem, tal como Toni Martínez, que chegam com ambição e vontade de apreender. Tem de se dar algum tempo, mesmo não o tendo, porque temos jogos de três em três dias. Vamos dando minutos e fazendo com que tenham uma evolução natural”.