Chega volta a subir e pode tornar-se segunda força

Legislativas 2025
Chega volta a subir e pode tornar-se segunda força
Foto: LUSA

O Chega conseguiu eleger 58 deputados nas eleições legislativas de domingo, mais oito do que em 2024, tendo o melhor resultado de sempre, e pode tornar-se na segunda força política, ultrapassando o PS.

Os resultados provisórios desta noite, numa altura em que falta contabilizar os votos dos dois círculos da emigração, que elegem quatro deputados, indicam que o Chega conseguiu 22,56% dos votos (1.345.575) e 58 eleitos no território nacional.

Nesta altura, o Chega está empatado em termos de mandatos, mas tem menos votos do que o PS, que somou 23,38 % (1.394.491 votos).

Atualmente, o partido liderado por André Ventura mantém-se como terceira força política, mas no ano passado elegeu dois dos quatro deputados pela emigração. Se o mesmo cenário se concretizar nestas eleições, o Chega poderá passar para segunda força parlamentar, atrás da coligação PSD/CDS-PP.

Este é o melhor resultado do Chega, nas quartas eleições legislativas a que se candidatou desde que o partido foi oficializado, em 2019. De eleição para eleição, o partido de André Ventura tem registado sempre subidas e agora atingiu o valor mais alto, tanto em número de votos, como em percentagem, como em mandatos no parlamento.

Nas últimas legislativas, no ano passado, o Chega teve 18,07 % (1.169.836 votos) e conseguiu aumentar a sua bancada de 12 para 50 deputados.

Nestas eleições, o Chega conseguiu ser o partido mais votado nos círculos de Setúbal, Portalegre, Beja (anteriormente liderados pelo PS) e repetiu a vitória em Faro.

O partido conseguiu também afirmar-se como segunda força política mais votada nos círculos de Viana do Castelo, Viseu, Leiria, Santarém, Évora e na Madeira.

À semelhança do que tinha acontecido em 2024, Bragança foi o único círculo onde o Chega voltou a falhar a eleição.

André Ventura fez questão de reagir aos resultados depois do líder do PS, que se demitiu do cargo e foi o penúltimo líder a falar, antes de Luís Montenegro. 

No discurso que proferiu já depois da meia-noite, o presidente do Chega reclamou o lugar de “líder da oposição” e falou numa “grande vitória”, afirmando que o partido “fez história”.

André Ventura considerou também que o desfecho das legislativas de domingo demonstra que “acabou o bipartidarismo”.

O líder do Chega defendeu ainda que o próximo Governo “depende do Chega e só do Chega”, mas não esclareceu se viabilizará o programa do próximo executivo no parlamento.

Depois de na campanha ter dito que recusaria conversar com o líder do PSD, Luís Montenegro, esta noite André Ventura não fechou a porta, dizendo apenas que eventuais cenários de governabilidade seriam tema para abordar mais tarde.

O Chega acompanhou o desenvolvimento da noite eleitoral num hotel em Lisboa. André Ventura esteve no piso inferior na maioria do tempo, com o seu núcleo duro. A sala preparada para o discurso do líder do Chega, onde estiveram apenas jornalistas durante algum tempo, encheu-se à medida que os resultados foram sendo conhecidos.

Tanto ali como no bar do hotel os apoiantes iam festejando a eleições de mais um deputado ou a vitória num círculo.

Quando o apuramento fechou no território nacional, o ambiente foi de festa e euforia durante vários minutos, com cânticos de apoio ao partido e a André Ventura e músicas em tom de crítica a Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.

 
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