O candidato do Chega à Câmara Municipal de Braga, Filipe Aguiar, defendeu a revisão dos contratos de concessão das trotinetas às empresas privadas que operam atualmente na cidade para que estes veículos deixem de estar espalhados “por cada canto”.
Num vídeo publicado nas redes sociais e hoje enviado às redações, Filipe Aguiar disse apoiar a utilização deste meio de transporte “não poluente”, mas “não na forma comercial” como acontece em braga.
O presidente da concelhia de Braga do Chega referiu, em comunicado, que esta questão levanta “sérias questões sobre ordem e segurança na cidade”.
“O uso descontrolado de trotinetas em Braga tornou-se um problema real. São cada vez mais as queixas de trotinetas espalhadas pelos passeios, a bloquear o caminho de peões, idosos e famílias com crianças. Há quem se sinta inseguro até para caminhar na própria cidade. Isto não é mobilidade. É abandono da responsabilidade pública”, lê-se no texto que acompanha o vídeo.
Criticou o “alinhamento de João Rodrigues, atual candidato PSD/CDS à Câmara, com as trotinetas de aluguer remonta a 2019 e foi cimentado em 2021 com a concessão para 500 trotinetas partilhadas na cidade”.
“Os contratos assinados pela autarquia, pela mão de João Rodrigues estipulam que a ‘utilização das trotinetas deverá ocorrer de modo a não causar perturbação à circulação e de forma a não prejudicar a acessibilidade e segurança de pessoas e bens na via e espaços públicos’. Os referidos contratos também determinam que ‘têm que ficar nos locais destinados para o efeito (‘hotspots’)’ e os encargos da retirada de trotinetas deixadas em locais indevidos ficam a cargo dos operadores, embora a autarquia tenha o poder de o fazer, imputando os custos ao privado”, referiu.
Contudo, Filipe Aguiar sublinhou que são “muitos e constantes os incumprimentos”, o que leva aquela candidatura a avaliar o executivo com “falta de capacidade política na antevisão de problemas”.
“Paralelamente, os bracarenses desconhecem quais os reais benefícios económicos destes contratos ou onde foram aplicadas eventuais receitas provenientes deste serviço; sendo evidente a habitual falta de transparência quer no processo de contratualização como no impacto financeiro”, frisou.
Para Filipe Aguiar “não basta mudar”, é “necessário transformar Braga numa cidade mais segura”.
As eleições autárquicas portuguesas de 2025 serão realizadas em data a marcar pelo Governo, entre 22 de setembro e 14 de outubro.