Chega Famalicão acompanha caso de alegada xenofobia “com devida atenção”

Movimento vai avançar com queixa no Ministério Público
Publicações, alegadamente de Teresa Borges, na conta “_Picamilho” no “X”

Um movimento com sede em Famalicão denunciou hoje várias publicações na rede social “X” (ex-Twitter), alegadamente associados à conta de uma militante do Chega de Famalicão, onde é possível ler-se observações xenófobas. A concelhia diz desconhecer a veracidade das publicações mas “deixa claro” que as mesmas “não refletem” os ideais do partido.

De acordo com o movimento Humanamente, e um dos seus porta-vozes, Diogo Barros, a conta associada a Teresa Borges, com o ‘handle’ “@_picamilho”, tem utilizado o “X” para “publicar discursos e afirmações xenófobas, racistas, gordofóbicas e ainda festejar a prática de agressões físicas e psicológicas para com crianças e adolescentes LGBTQIAP+”.

Em anexo, o movimento enviou às redações vários ‘prints’ de publicações alegadamente pertencentes à conta de Teresa Borges. O MINHO confirmou esta manhã a existência da conta e também retirou ‘prints’ das declarações mencionadas. Contudo, ao início da tarde deste sábado, a conta ficou indisponível na rede social.

“Já enfrentou problemas com contas falsas”

A O MINHO, a concelhia de Famalicão do Chega disse não ter conhecimento do assunto antes da nossa abordagem, confirmando que Teresa Borges é uma militante do partido e que “já enfrentou problemas com contas falsas que se faziam passar por ela”.

Para a concelhia, essa situação anterior “levanta dúvidas sobre a autenticidade desta situação”.

“Independentemente do que possa ter ocorrido, deixamos claro que essas publicações não refletem, de forma alguma, as opiniões ou os ideais do partido”, sublinhou a concelhia, num email enviado a O MINHO.

“Reiteramos o nosso compromisso com os princípios de respeito, igualdade e liberdade, e estamos a acompanhar o caso com a devida atenção”, conclui o partido.

“Denúncia no Ministério Público”

No mesmo comunicado, a Humanamente antecipa que irá realizar uma denúncia no Ministério Público contra Teresa Borges, por “racismo, xenofobia, descriminação e incitamento ao ódio e à violência”, considerando que “este tipo de discurso, em nada se enquadra no debate político, sendo apenas destilação de ódio puro”:

O porta-voz Diogo Barros questiona ainda se “serão estes os autarcas que as e os famalicenses desejam”, referindo-se ao facto de Teresa Borges ser uma militante ativa no seio da concelhia famalicense, e se “serão este tipo de ‘portugueses de bem’ que o país pretende ter”.

 
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