Chega Barcelos apresenta queixa por vandalismo em cartazes com André Ventura

Eleições autárquicas 2021

A comissão política concelhia do partido Chega em Barcelos apresentou queixa nas autoridades por atos de vandalismo alegadamente praticados contra cartazes da campanha para as eleições autárquicas de 2021, foi hoje divulgado.

De acordo com aquela organização política, foram três os cartazes “alusivos a simpatizantes do partido” que foram alvo de vandalismo durante a madrugada de sábado.

Em declarações a O MINHO, o presidente da Concelhia, Agostinho Mota, diz tratar-se de um ato de vandalismo “contra um partido político”, alegando discriminação.

“Somos um partido político de pessoas de bem”, começa por referir o presidente, indignado com as manchas negras de tinta que cobrem a cara de André Ventura e do próprio Agostinho Mota, em um dos três cartazes vandalizados.

Em relação aos outros dois cartazes, um também apresenta rastros de tinta preta, provavelmente de grafite, que tapam a cara do presidente e deputado único do partido. O outro cartaz apresenta sinais de ter sido rasgado.

Foto: DR
Foto: DR

Mota questiona: “Onde está a democracia? Há ou não liberdade de opinião política?”, para depois deixar a questão no ar: “Afinal, quem é que é discriminado?”, referindo-se a várias acusações de que o partido da extrema-direita parlamentar é “racista”.

Eleger um vereador é “fasquia mínima”

O candidato do Chega à Câmara de Barcelos já afirmou que o seu objetivo número um é retirar o PS do poder no concelho e estabeleceu como “fasquia mínima” a eleição de um vereador.

“Se tivermos em conta que nas [eleições] presidenciais o nosso líder [André Ventura] teve mais de 6.000 votos em Barcelos, parece-nos que é de todo legítimo apontarmos para a eleição de, no mínimo, um vereador”, referiu.

Lembrou que, nas últimas autárquicas, um movimento independente conseguiu, com 12 mil votos, eleger dois elementos para a Câmara de Barcelos.

Agostinho Mota sublinhou que 12 anos de governação socialista provocaram “sérios danos” na imagem da cidade e do concelho de Barcelos, nomeadamente pelo envolvimento do presidente da Câmara, Miguel Costa Gomes, na chamada Operação Teia.

Após as eleições, o Chega admite “fazer parte da equação” para viabilizar uma maioria à direita.

“Terá de haver negociações e o Chega lá estará”, disse ainda o candidato, que tem 50 anos e é professor de Físico-Química.

A Câmara de Barcelos conta atualmente com cinco eleitos do PS, quatro da coligação PSD/CDS e dois do movimento independente Barcelos, Terra de Futuro.

O PSD já anunciou a candidatura de Mário Constantino, atual vereador.

Do lado do PS, e perante a impossibilidade de Costa Gomes se recandidatar face à lei de limitação de mandatos, o Secretariado local indicou o nome de Horácio Barra, atual presidente da Assembleia Municipal, mas o partido ainda não anunciou oficialmente o seu candidato.

Segundo a lei, as eleições autárquicas decorrem entre setembro e outubro, mas ainda não têm data marcada.

 
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