Chefe da guarda prisional em Guimarães em prisão preventiva por suspeitas de tráfico de droga

O esquema consistia na introdução de drogas no estabelecimento prisional

O Tribunal de Marco de Canaveses determinou que três guardas prisionais e um ex-recluso, detidos na operação de combate ao tráfico de droga na cadeia de Paços de Ferreira, vão aguardar julgamento em prisão preventiva, disse esta quinta-feira fonte judicial.

Um dos guardas prisionais é um antigo chefe daquela cadeia, reformado há poucos meses, que havia sido transferido para o estabelecimento prisional de Guimarães depois de ter autorizado uma festa de aniversário a um recluso de etnia cigana que havia sido detido por tráfico de droga, segundo dá conta o jornal Correio da Manhã, na sua edição impressa.

Outros dois guardas que tinham sido detidos na quarta-feira, na operação “Entre-Grade”, que também foram ouvidos no tribunal de Marco de Canaveses, ficaram sujeitos a Termo de Identidade e Residência e impedidos de exercer funções e contactos com o estabelecimento prisional, acrescentou a fonte.

Na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) deteve nove pessoas, entre as quais cinco guardas prisionais, dois deles com funções de chefia, no âmbito da investigação “Entre-Grade” de combate ao tráfico de estupefacientes na cadeia de Paços de Ferreira.

Além das diligências realizadas no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, no âmbito desta operação também foram feitas buscas nas cadeias do Porto, Santa Cruz do Bispo (masculino), Guimarães, Monsanto e Vale dos Judeus.

Segundo a PJ, o esquema consistia na introdução de drogas no estabelecimento prisional, maioritariamente haxixe e cocaína, tendo sido apreendidos também “vários telemóveis” e 20 mil euros em dinheiro.

Os nove detidos correspondem a cinco guardas prisionais, dois deles chefes, um ex-recluso e outras pessoas, nomeadamente familiares envolvidos no esquema.

Esta operação incluiu 52 buscas em estabelecimentos prisionais, domicílios e espaços comerciais.

A operação policial, que ocorreu no âmbito de inquéritos titulados pelo DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Porto Este-Penafiel, deu também cumprimento a seis mandados de detenção.

Em investigação estão crimes de tráfico de droga e corrupção e a investigação teve início em 2017, sendo que as detenções foram efetuadas seis por mandato e três na sequência das buscas.

 
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