A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), recebida esta quinta-feira no Palácio de Belém, pediu ao Presidente da República uma alteração do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) que respeite os direitos dos trabalhadores, pensionistas e desempregados, e que aumente o investimento público.
“Está na hora de os trabalhadores e pensionistas serem ressarcidos dos sacrifícios que fizeram nos últimos anos”, afirmou o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendendo um aumento dos salários e reformas, e uma “reformulação” da fórmula de cálculo das pensões, além de um aumento do investimento público.
“Não exercemos a função de aconselhar o presidente, mas transmitimos que esta proposta de Orçamento do Estado para 2020 não respeita os direitos dos trabalhadores, reformados (…) e dos desempregados”, disse o secretário-geral da CGTP, à saída do encontro no Palácio de Belém, em Lisboa.
A CGTP transmitiu também a Marcelo Rebelo de Sousa, segundo Arménio Carlos, as suas preocupações quanto à negociação para a competitividade dos rendimentos dos portugueses.
O sindicalista, aos jornalistas, falou ainda sobre a perda de competitividade de Portugal, face aos restantes membros da União Europeia, quanto aos salários dos trabalhadores, e criticou a proposta de aumento de salários que o governo introduziu na proposta de Orçamento do Estado, apresentada ao parlamento em 16 de dezembro.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) também mereceu comentários da CGTP, que lembrou a importância deste serviço na resposta às necessidades da população e salientou a necessidade de uma “estratégia a médio e longo prazo” que “rentabilize” o funcionamento dos hospitais, melhore o saldo qualitativo do SNS e “reduza o apoio” às entidades privadas de saúde.
O Presidente da República recebeu ainda, esta quinta-feira, uma delegação da central sindical da UGT e representantes das confederações patronais CTP – Confederação do Turismo Português, CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal e CIP – Confederação Empresarial de Portugal.