O treinador César Peixoto mostrou-se hoje confiante que o Moreirense vai solidificar a “subida de patamar exibicional” na visita ao estádio do Tondela, no sábado, em encontro da 10.ª jornada da I Liga de futebol.
“Nos dois jogos contra o FC Porto, o adversário demonstrou muita capacidade, quer com bola, quer nas transições. Não vai ser um jogo fácil, mas vamos com o intuito de conquistar os três pontos e tentar impor a nossa ideia, que começa a estar mais patente. Acredito que estaremos mais fortes”, apontou o técnico, em conferência de imprensa.
Os minhotos procuram a primeira vitória para o campeonato sob liderança do sucessor de Ricardo Soares, após três derrotas e um empate, intercalados com dois triunfos para a terceira e quarta eliminatórias da Taça de Portugal.
“Vamos ter pela frente uma equipa bem organizada, com qualidade de jogo, que gosta de ter bola, tem uma estrutura semelhante à nossa e revela uma ideia de jogo proativa, a querer assumir e ser protagonista. O Tondela vai criar-nos algumas dificuldades, mas prefiro apanhar equipas assim do que equipas muito fechadas”, observou.
César Peixoto pretende expandir as melhorias patenteadas pelo Moreirense frente ao Cova da Piedade (3-2, após prolongamento), tendo procurado desenvolver nos últimos treinos desde uma “variabilidade de movimentos atacantes” à “estabilidade defensiva”.
“Temos de ser mais agressivos nos duelos com o portador da bola e muito mais agressivos no último terço. A equipa já começa a construir bem, mas estão a faltar as dinâmicas corretas na frente. Na última partida chegámos mais à frente, rematámos e criámos mais oportunidades. Falta sermos ainda mais incisivos”, analisou.
Os três golos concretizados no último encontro nasceram a partir de pontapés de canto, tendência já notada em jogos anteriores contra Merelinense (1-0), para a Taça de Portugal, e Gil Vicente (1-1), da nona jornada da I Liga, mas que “não acontece por acaso ou sorte”.
“Estudamos todos as fases do jogo, passamos horas a fazer um estudo muito exaustivo do adversário e incidimos semanalmente um dia de trabalho nas bolas paradas ofensivas e defensivas. É trabalho da equipa técnica e dos jogadores. Temos de apostar em todos os momentos e as bolas paradas são cada vez mais decisivas no futebol”, vincou.
César Peixoto, que viu o avançado André Luís juntar-se aos lesionados Matheus Silva, Pedro Amador, Sori Mané, Lucas Rodrigues e Pedro Nuno, está ciente de que o “trabalho por patamares das fases de construção, criação e finalização” necessita de maturação.
“Não duvido de que o Moreirense vai começar a ser mais agressivo lá na frente, embora sem atacar de qualquer maneira e a dar ‘chutão’ para a frente. Vamos criar até ao momento de saber quando temos de acelerar ou pedir na profundidade. Claro que isto evolui com o tempo, mas vamos ter mais capacidade e qualidade com bola”, concluiu.
O Moreirense, 13.º colocado, com nove pontos, visita o Tondela, na 16.º e antepenúltima posição, com oito, no sábado, às 18:00, no Estádio João Cardoso, em Tondela, em jogo da 10.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Manuel Mota, da associação de Braga.