O Aquamuseu do rio Minho, em Vila Nova de Cerveira, é um dos 30 parceiros de um consócio europeu que vai investir 2,2 milhões de euros para preservar peixes migradores, informou hoje a Câmara local.
Segundo aquela autarquia do distrito de Viana do Castelo, os “30 parceiros de diferentes países europeus integram o projeto ‘DiadES’ que visa a promoção de ações para a conservação de peixes diádromos (espécies migradoras entre águas doces e marinhas)”.
O município, liderado por Fernando Nogueira, adiantou que o projeto tem “um orçamento de 2,2 milhões de euros, financiado pela União Europeia até 2022, para melhorar o conhecimento sobre os benefícios ecológicos, económicos e culturais oferecidos por estas espécies e, em simultâneo, aprofundar possíveis mudanças na sua distribuição geográfica devido às alterações climáticas”.
Em causa, adianta a nota, estão espécies como “o salmão, a lampreia ou a enguia, que migram entre água doce e salgada para alimentação ou reprodução e que geram importantes e diversos benefícios nas comunidades em que vivem”.
O projeto agora anunciado pretende “melhorar o estado de conservação dessas espécies e assegurar o impacto positivo que têm na economia e na natureza”.
“O ‘DiadES’ tem a missão de quantificar e potenciar os serviços de ecossistema prestados pelos peixes diádromos no Espaço Atlântico. A sua concretização baseia-se numa abordagem inovadora que se limita a uma única espécie ou a uma única área geográfica, mas levanta uma perspetiva global e multidisciplinar”, sustenta a nota daquela autarquia do Alto Minho.
Segundo a Câmara de Vila Nova de Cerveira, “os vários investigadores no domínio das ciências naturais e dos economistas ambientais, bem como uma rede de gestores no Espaço Atlântico, vão produzir um atlas internacional interativo que apresentará a atual distribuição de peixes diádromos e os serviços de ecossistema que eles fornecem, bem como uma previsão das tendências sob um cenário de mudanças climáticas”.
Prevê-se que “as conclusões permitam o desenvolvimento de um quadro de orientações para a gestão a longo prazo de peixes diádromos, posteriormente formalizado numa declaração assinada por todas as entidades envolvidas”.
O projeto é financiado pelo Programa Interreg Atlântico do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional que será prorrogado até 2022.
O projeto “é liderado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Ciência e Tecnologia para o Meio Ambiente e Agricultura (IRSTEA), em França, e conta com a participação de 30 parceiros de diferentes países europeus, entre eles, o Aquamuseu do Rio Minho, em Vila Nova de Cerveira, o AZTI-Centro Tecnológico e de Inovação Marinha e Alimentar, Espanha, a província de Guipúscoa, no País Basco, norte da Espanha, a Universidade de Santiago de Compostela, capital da Galiza, a Associação para a Defesa Ecológica da Galiza, a Associação Galega de Sociedades de Pesca, a Junta de Galiza e a Autoridade Marítima Nacional(AMN).