Cerca de 22 mil alunos estão a beneficiar diariamente das refeições oferecidas pelas escolas durante a pandemia de covid-19, anunciou hoje o ministro da Educação.
“Muitas destas crianças têm nesta refeição a única refeição condigna do dia”, afirmou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, durante a audição da comissão parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto.
Os alunos do 1.º ao 12.º ano de escolaridade estão sem aulas presenciais desde 16 de março, por decisão do Governo como forma de conter a disseminação do novo coronavírus.
No entanto, cerca de 700 estabelecimentos escolares mantiveram-se abertos para receber alunos de pais com profissões essenciais no combate ao covid-19, mas também para manter as refeições aos alunos mais carenciados.
Tiago Brandão Rodrigues lembrou que, inicialmente, as refeições destinavam-se apenas aos alunos mais carenciados – do escalão A do Apoio Social Escolar (ASE) – mas foram entretanto alargadas também aos alunos do escalão B do ASE.
A audição do ministro decorre hoje à tarde no parlamento a pedido do CDS-PP e do Bloco de Esquerda para debater as políticas sobre a conclusão do presente ano letivo e a preparação do próximo ano letivo.
Apenas os alunos do 11. e 12.º anos vão voltar a ter aulas presenciais ainda durante este ano letivo. Todos os restantes vão continuar a ter aulas à distância, como forma de conter a disseminação da covid-19.
Portugal contabiliza 1.074 mortos associados à covid-19 em 25.702 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
O país entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.