Após ter sido denunciado que dirigentes e funcionários que não têm contacto com utentes tinham sido vacinados contra a covid-19, o Centro Social Padre David de Oliveira Martins, de Ruílhe, em Braga, justifica que foi a ARS Norte a solicitar os dados destes.
O MINHO questionou ontem a instituição, após um ex-funcionário ter denunciado, na TVI, que os dirigentes da instituição tinham sido vacinados, bem como os colaboradores que não contactam com utentes.
No comunicado enviado esta quinta-feira, o diretor da instituição, Ricardo Costa, afirma que “foi pedido ao Centro Social, via correio eletrónico, pela ARS Norte entidade responsável pela vacinação, que preenchesse com os dados dos utentes de ERPI e da Casa de Acolhimento (enquadrada na orientação 009/2020 da DGS), bem como dos colaboradores das respostas sociais e elementos da direção”.
Acrescenta que “o Centro Social devolveu os ficheiros com os dados pedidos de todos os utentes residentes nas respostas sociais de ERPI e Casa de Acolhimento bem como de todos os colaboradores afetos à ERPI e Casa de Acolhimento, que pretendiam tomar a vacina”.
Neste ponto, o comunicado já não refere os dirigentes, tal como no resto do texto, isto apesar de O MINHO ter questionado, precisamente, quantos dirigentes tinham sido vacinados e se tinham contacto direto com utentes.
O centro prossegue referindo que “os dados enviados dos utentes e colaboradores, continham nome, data de nascimento, no Serviço Nacional de Saúde, contacto telefónico, função, resposta social afeto (no caso de colaboradores), entre outros dados”.
Ricardo Costa explica ainda que a Casa de Acolhimento foi vacinada em primeiro lugar porque tinha um utente do lar infetado e, segundo as orientações, só poderiam ser vacinados os utentes e colaboradores quando o isolamento do referido utente terminasse.
“Assim que terminou o isolamento fomos contactados pela unidade de saúde pública para agendar a marcação da vacinação dos utentes e colaboradores da ERPI [Estrutura Residencial Para Idosos]”, aponta, concluindo que “a toma da vacina foi aconselhada mas não obrigatória” e que “todos os vacinados constavam da lista previamente enviada, salvo os que por motivos de saúde, terão de o fazer em ambiente hospitalar”.