O Centro Português de Serigrafia (CPS) assinala o 40.º aniversário com a exposição “Os poderes da imagem”, que integra o vimaranense José de Guimarães, a inaugurar no próximo dia 24, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, anunciaram as duas entidades.
“Os poderes da imagem – 40 anos do Centro Português de Serigrafia” é o título integral da mostra com 40 trabalhos de serigrafia, gravura, litografia e outras edições limitadas que constituem o acervo do CPS no qual, ao longo de 40 anos, trabalharam mais de 700 artistas nacionais e internacionais.
Entre os artistas representados contam-se Júlio Pomar, José de Guimarães, Pedro Cabrita Reis, Sofia Areal, ORLAN, Vhils e Pantonio, numa exposição que inclui ainda obras pioneiras, como a primeira serigrafia com realidade aumentada, de Leonel Moura, e a primeira obra tridimensional editada pelo Centro, de Marisa Ferreira.
“Com edições originais e certificadas, o CPS tornou-se um elo essencial entre os criadores e o público, promovendo o acesso à arte contemporânea com qualidade e acessibilidade”, refere o comunicado do CPS.
Segundo o Centro Português de Serigrafia, o percurso expositivo é “enriquecido com matrizes, placas de gravura e álbuns de referência, elementos que revelam o rigor técnico e o valor documental de quatro décadas de trabalho”.
“Esta exposição é mais do que uma celebração de um legado. É um gesto de continuidade, entre a memória construída e a criação por vir”, escreve o diretor do CPS, João Prates, agradecendo ainda aos artistas, colaboradores, parceiros e sócios do Centro que tornaram possível “esta missão de partilhar a arte”.
Responsável pela distribuição dos núcleos temáticos – Natureza, Meios Plásticos, Artista/a Linguagem/o Estilo -, a historiadora de arte Maria João Fernandes, citada pelo comunicado, considera que “a exposição reflete a pluralidade de linguagens da arte contemporânea”.
A mostra parte de uma reflexão inspirada pelo crítico francês René Huyghe, autor de “Os Poderes da Imagem”, que acaba por fornecer o título da exposição.
O CPS – Centro Português de Serigrafia é uma entidade de cariz cultural iniciada em 1985 pelo galerista António Prates. No âmbito das suas atribuições, tem como missão facilitar o acesso a obras de arte de grande valor, editando, promovendo e divulgando a obra gráfica original de artistas contemporâneos, portugueses e estrangeiros.
“Dos grandes mestres portugueses do século XX, aos jovens artistas emergentes, passando no plano internacional, por movimentos emblemáticos como o Surrealismo, a Pop Art e a Figuração Narrativa, o CPS segue um modelo editorial eclético e formativo e dispõe de uma coleção ímpar de mais de 3.000 obras de cerca de 660 artistas de todo o mundo, sendo hoje reconhecido internacionalmente como um dos mais conceituados editores de obras de arte”, lê-se na sua página na Internet.
A exposição, também anunciada no ‘site’ da Sociedade Nacional de Belas-Artes, fica patente até 30 de agosto e pode ser visitada nos dias úteis, das 12:00 às 19:00, e, aos sábados, das 14:00 às 19:00.