A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) está a averiguar a denúncia feita por um pai de um adolescente de 12 anos, no passado sábado, após se ter deslocado ao Centro de Saúde de Melgaço onde, segundo relata no Facebook, não existia um único termómetro para medir a febre ao seu filho.
Apesar de considerar a situação “inverosímil”, segundo avança o “Jornal de Notícias” (JN), a ULSAM decidiu abrir um processo para “apuramento de responsabilidades”.
“Hoje [sábado] pela hora do almoço o meu filho sentiu-se mal e descemos a rua até ao Centro de Saúde de Melgaço. Rapidamente fomos atendidos e a médica suspeitou de uma crise de apêndice. Só que não havia termómetro para tirar a temperatura. O único que apareceu, depois de muito procurar, estava avariado“, descreve João Paulo Meneses.
Com a publicação naquela rede social, o pai do adolescente, jornalista de profissão, diz que a “denúncia pretende ser – sobretudo – um ato solidário com a população local”.
“No local onde nós moramos não faltam hospitais, públicos e privados, mas em Melgaço… Um termómetro???“, pergunta.
Os pais do adolescente acabaram por se deslocar ao Hospital da Póvoa de Varzim, onde o filho tirou sangue e lhe mediram a temperatura, não se confirmando a crise de apêndice.
A ULSAM é constituída pelo Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e pelo Hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 250 mil pessoas.