Cinco anos depois de ter sido anunciada a abertura, o centro de interpretação militar de Ponte de Lima vai ser inaugurado, no sábado, em pleno centro da vila, num investimento de 300 mil euros, revelou hoje fonte autárquica.
O novo espaço resultou de um protocolo assinado em maio de 2011 entre a Câmara de Ponte de Lima e o Exército português que “cedeu algumas peças do Museu Militar de Lisboa”.
O equipamento “pretende ser um museu vivo, interativo, abordando a história militar também no contexto da região e do país, mas com uma incidência especial sobre Ponte de Lima e o território vizinho”.
“A preocupação central do centro de interpretação é o conhecimento da história local, dos seus lugares, suas gentes e protagonistas, procurando perpetuar memórias de factos históricos relevantes e consciencializar as populações para a importância desses episódios, bem como a necessidade de se envolverem efetivamente num projeto que é de todos e que engloba todo o território do concelho”, especificou a autarquia.
O espaço, a inaugurar pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está instalado no Paço do Marquês, um edifício situado em pleno centro histórico da vila que já foi hospital, escola secundária e Paços do Concelho, delegação de turismo e centro de exposições.
De acordo com o protocolo assinado em 2011, o Exército deu assessoria técnica e formação do pessoal e cedeu parte do espólio, sendo que á Câmara coube disponibilizar o espaço e assegurar a sua gestão.
Ponte de Lima “tem pergaminhos militares”, já que foi ali que, no século XIX, estiveram aquartelados dois batalhões de caçadores, um dos quais durante quase 40 anos.
Além disso, Ponte de Lima acolheu também o hospital militar de São João de Deus, durante a guerra da restauração.
A Câmara esgrime ainda um outro argumento para acolher aquele museu, sustentado no “passado histórico de largos séculos do concelho”, situado na antiga via militar Braga-Astorga.
“Em virtude da sua importância militar e política, D. Teresa mandou povoar Ponte de Lima, concedendo-lhe foral em 1125, com vários privilégios, entre os quais a proteção da feira que já então se realizava, a mais antiga de que há registo documental”, acrescentou na altura o município.
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