O centro cultural de Viana do Castelo vai retomar a atividade no final do mês de outubro, depois de ter sido transformado, em abril, em unidade de retaguarda para doentes com covid-19, foi hoje anunciado.
Em conferência de imprensa, para apresentar a programação cultural de setembro e outubro, num investimento de 35 mil euros, a vereadora Carlota Borges explicou que a unidade de saúde instalada, em abril, para receber infetados com covid-19 e que não chegou a ser utilizada, vai ser desmontada “durante o mês de outubro”, decorrendo, no dia 31, um concerto com a banda portuguesa D.A.M.A, que esteve previsto para março e foi cancelado devido à pandemia do novo coronavírus.
Em maio, em resposta por escrito a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, o município de Viana do Castelo apontou o mês de junho para a desmontagem da estrutura que representou “um investimento de 12 mil euros”.
Hoje, aos jornalistas, Carlota Borges adiantou que o centro cultural vai disponibilizar 800 lugares sentados, tendo a maior sala de espetáculos do distrito de Viana do Castelo “capacidade para cerca de duas mil pessoas”, com o número a poder “aumentar para 2.700 nos casos de concertos musicais em que se assiste em pé”.
Além do concerto musical no centro cultural, Carlota Borges adiantou que o teatro Sá de Miranda, que vai disponibilizar 140 dos seus 400 lugares, vai ser palco, em setembro, de um espetáculo pela orquestra Com Spirito, dirigida pelo maestro Paulo Areias, da terceira edição do Platta – Festival Transfronteiriço de Teatro Amador, e da peça “Se isto é um homem”, pelo Teatro do Noroeste-CDV.
Já em outubro, o teatro municipal acolherá um “concerto pela paz”, a apresentação do Festival de Teatro de Viana do Castelo e um concerto com Mário Laginha e Camané.
“Estão asseguradas todas as condições de segurança e higiene nos equipamentos municipais. É seguro participar nas atividades culturais da cidade”, sublinhou a vereadora com o pelouro dos equipamentos culturais.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.