Centenas de pessoas juntaram-se na Avenida Central, em Braga, na tarde deste domingo, para assistir ao comício e participar na marcha da liberdade organizada pela CTGP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses para assinalar o 25 de Abril.
À central sindical juntaram-se organizações antifascistas, feministas, membros do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda, bem como pessoas sem filiação política.
Palavras de ordem, como a vacinação dos trabalhadores ou o aumento dos salários, foram repetidas por diversas ocasiões. Sem abdicar da célebre “25 de Abril Sempre, Fascismo nunca mais”, houve espaço para discutir as condições dos trabalhadores da Bosch e dos trabalhadores da Câmara. Houve música e discursos, cravos e respeito pelas medidas de segurança do combate à pandemia da covid-19: máscaras e distanciamento.
“Este ano a celebração do 25 de Abril é ainda mais simbólica. Voltamos às ruas”, comenta Bárbara Barros, vereadora do PCP e candidata do partido à Câmara de Braga.
“Os trabalhadores de Braga podem contar com a solidariedade e o apoio da CDU. Tanto os trabalhadores do Município, como os trabalhadores da Bosch e da Aptiv. Estivemos com eles na redução do horário de trabalho para as 35 horas, estamos com eles na rejeição do regulamento do Mercado Municipal de Braga, que obriga os comerciantes a estarem no mercado, sem público e sem trabalho, das 07:00 às 17:00. Estamos com os trabalhadores do ‘complexo Grundig’, que continuam a ser contratados através de empresas de trabalho temporário e precário. Trabalhadores, que têm todo o apoio da CDU na greve, que reivindica um aumento de 90 euros nos salários”, afirmou a vereadora presente nas comemorações do 25 de Abril, chamando ainda à atenção para os apoios da InvestBraga, braço económico e investidor do município às multinacionais.
“A dignidade e o fim da exploração foram lutas e caminhos que o 25 de Abril iniciou há 47 anos. O PCP, assim como os Verdes, e os independentes que se juntam à candidatura, marcam a sua presença ao lado dos direitos dos trabalhadores, da democracia, da Constituição e, claro, do 25 de Abril”, acrescenta Bárbara Barros.