A Confraria do Bom Jesus do Monte, em Braga, assinalou o Dia Mundial da Árvore, através da “ação simbólica” da plantação de 100 árvores de espécies autóctones.
Em comunicado enviado a O MINHO, a Confraria refere que foram plantados 50 carvalhos, 20 medronheiros, 15 sobreiros e 15 azevinhos.
“A plantação das espécies autóctones ocorreu nas clareiras criadas pelo controlo de infestantes como as mimosas e
austrálias”, refere o comunicado.
Esta ação enquadra-se no protocolo “Cuidar, Proteger e Valorizar a Coroa de Braga”, assinado em setembro do ano passado entre as Confrarias e Irmandades da Coroa de Braga (A Confraria do Bom Jesus do Monte, a Confraria de Nossa Senhora do Sameiro, o Conselho Económico de Esporões e a Irmandade de Santa Maria Madalena do Monte), que “assumem uma colaboração para promover uma efetiva conversão ecológica e sugerir caminhos de atuação concreta com vista a uma ecologia integral, para a nossa Arquidiocese, através deste protocolo de cooperação”.
O presidente da Confraria, cónego Mário Martins, refere, citado no comunicado, que “as árvores nunca são demais e este Santuário é um exemplo vivo e real disso mesmo. Por essa razão é que o Bom Jesus é conhecido como o pulmão de Braga. Os seus 26 hectares de mata e de paisagem cultural preservam uma biodiversidade e uma riqueza natural única, que queremos manter e renovar todos os anos, dando sempre prioridade às nossas espécies autóctones”.
E acrescenta: “Devemos alertar para os riscos que a nossa floresta corre, nomeadamente a infestação por espécies invasoras (austrálias, mimosas), principalmente pela falta de controle e limpeza das áreas contiguas à nossa mata. Nunca será demais relembrar a necessidade destas limpezas, para minimizar o risco de incêndios e melhorar o equilíbrio dos ecossistemas.”
“A Confraria do Bom Jesus continuará com uma atuação sustentável, um verdadeiro eixo estratégico na gestão desta estância. A dimensão ambiental do Santuário é uma prioridade, uma grande referência para a sustentabilidade que nos ocupa e preocupa, uma preocupação da Igreja, mas que também deve ser de toda a sociedade”, conclui.