CDU quer passe de 14 euros para todo o concelho de Braga

Medida rumo à “gratuitidade” dos transportes públicos
Foto: PCP

João Baptista, candidato da CDU à Câmara de Braga, defendeu que deve ser “avaliada a supressão da Coroa 2, com o preço de assinatura mensal de 28 euros, e o alargamento à Coroa 1, que custa 14 euros para todo o concelho”.

Refere ainda que este é um caminho rumo à “gratuitidade dos transportes públicos”.

O candidato, acompanhado por Vítor Rodrigues, vereador da Câmara, e Sandra Cardoso, membro da Assembleia Municipal, visitou hoje a TUB – Transportes Urbanos de Braga. A deslocação permitiu abordar a situação do serviço prestado pela empresa e o projeto BRT (Autocarro de Transporte Rápido).

Em comunicado, a CDU diz ter tomado contacto com os dados relativos ao aumento do número de passageiros, frota, motoristas e outros profissionais. Valorizando o esforço feito para a renovação de autocarros, a CDU alerta para a necessidade de aumentar mais a frota como condição indispensável para reforçar o serviço prestado às populações”.

E acentua: “Segundo foi dado a conhecer, os novos autocarros que chegam à empresa são acompanhados do abate dos autocarros antigos”.

BRT em risco

João Baptista lembrou a importância das medidas tomadas nos últimos anos na sequência do PART – Plano de Apoio à Redução Tarifária, aprovado por intervenção do PCP na Assembleia da República, que levou à baixa dos preços praticados.

Sobre o projeto BRT, que tem sido uma matéria amplamente difundida pela Câmara de Braga e pelo Governo, diz que “estão criadas elevadas expectativas junto da população que importa garantir que não serão frustradas”.

E acrescenta: “Como a CDU tem vindo a referir, a opção pelo modelo BRT foi tomada na base nos critérios de custo mais baixo e rapidez de concretização de obra comparativamente com outras hipóteses”.

O projeto de rede BRT apresentado pela TUB – salienta – prevê um total de 4 linhas com uma extensão de 22,5 km mas, perante as limitações de verbas, apenas está prevista a concretização de 2 linhas com uma extensão total de 12,2 km.

O prazo de concretização da obra insere-se nos critérios do financiamento comunitário, estando a Linha Amarela prevista estar pronta em 2025 e a Linha Vermelha no primeiro semestre de 2026.

No entanto, – sublinha – “apesar dos sucessivos anúncios, apenas foi lançado até ao momento o concurso para a elaboração do Estudo Prévio à conceção e construção do sistema, havendo quem admita que existe o risco de perda do financiamento devido ao incumprimento de prazos”.

Medidas de emergência

E, a concluir, propõe: “Perante as elevadas necessidades existentes ao nível da mobilidade e os anúncios já feitos, a CDU considera que devem ser tomadas medidas técnicas e operacionais de emergência que garantam, pelo menos, o cumprimento do projeto anunciado”.

Para João Baptista, “os dados de funcionamento da TUB, que mostram crescimento e boa situação financeira, comprovam as vantagens da propriedade e gestão públicas dos principais serviços públicos e constituem um exemplo a ser alargado à AGERE, com a sua remunicipalização”.

 
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