A CDU esteve ontem no Hospital de Braga, numa ação em defesa do Serviço Nacional de Saúde, e reclamou mais investimento naquela unidade.
Sandra Cardoso, primeira candidata pelo Círculo de Braga, João Pimenta Lopes, deputado ao Parlamento Europeu, Inês Rodrigues, Carmo Cunha, João Baptista, Catarina Marques, Ana Sofia Cabeleira e Ricardo Silva, candidatos à AR, estiveram em contacto com profissionais e utentes do hospital, de quem ouviram “relatos de diversas situações que confirmam a urgência de uma política que defenda o SNS”.
Relativamente às instalações do Hospital de Braga, o PCP propôs a afetação de verbas com vista à sua ampliação, tendo em conta que o hospital “tem vindo a recorrer ao aluguer de instalações a privados para conseguir responder às necessidades de cirurgias”.
O bloco de ambulatório terá cinco pisos e capacidade para 10 mil cirurgias por ano. “No entanto, não há cabimentação para este investimento”, frisa a CDU.
A coligação recorda “a intenção de PSD, CDS, IL e CH de retomar a gestão PPP do Hospital de Braga”, que foi no passado uma “expressão da política de entrega do SNS aos privados que o governo do PS não contrariou com medidas concretas de reforço dos meios disponíveis”.
“O fim da PPP que geria este hospital foi uma importante decisão para a qual foi decisiva a constante intervenção da CDU. Como era de prever, desde então mantém-se uma feroz batalha de propaganda, desvirtuando factos, omitindo dados fundamentais, explorando carências reais que persistem, procurando confundir a população e criar as condições para fazer andar para trás o que luta e a contribuição da CDU fizeram andar para a frente”, nota.
A CDU considera que durante 10 anos de gestão privada do Hospital de Braga foram “muitos os impactos negativos que afetaram Braga e a sua população”.
“Recordemos a recusa de medicamentos a utentes, a transferência indevida de utentes para outros hospitais, o corte de serviços em várias especialidades médicas ou ainda o encerramento das urgências pediátricas durante a noite”, lê-se na nota enviada às redações.
Ainda na recente discussão do Orçamento do Estado para 2024, o PCP destacou que “para garantir que o Serviço Nacional de Saúde tem capacidade de assegurar os cuidados a que os utentes têm direito é necessário dotá-lo de profissionais de saúde em número adequado”.
“Sem trabalhadores da saúde, nos hospitais e nos centros de saúde, compromete-se o acesso às consultas, cirurgias, exames e tratamentos indispensáveis para a saúde dos portugueses”, diz a CDU, cuja lista por Braga é liderada por Sandra Cardoso.
As dificuldades na contratação e fixação de profissionais de saúde têm causas: “sem condições de trabalho; sem carreiras dignas; sem progressão nem desenvolvimento profissional; sem remuneração justa – perdem-se trabalhadores para o privado ou para a emigração”.
Por isso, o PCP apresentou nos últimos Orçamento do Estado propostas que “valorizam, fixam e retêm esses profissionais no SNS”.
“Apesar das ‘lágrimas de crocodilo’ de alguns, importa realçar que as propostas do PCP têm merecido a oposição por parte do PS, PSD, IL e Chega”, atira.