CDU quer alternativa à ponte da Lagoncinha, em Famalicão

Eleições legislativas

Os candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Braga defenderam uma alternativa à ponte da Lagoncinha, em Lousado, no concelho de Famalicão, considerando que a zona envolvente deve ser recuperada.

Durante uma reunião com o autor de uma petição que pede o encerramento ao trânsito daquela via, Afonso Cerejeira, a candidata Tânia Silva e o mandatário regional da CDU, Agostinho Lopes, bem como Fernando Costa, mandatário concelhio.

O encontro aconteceu junto ao monumento e permitiu explicar a posição da CDU quanto aos problemas da ponte bem como aprofundar o seu conhecimento sobre o impacto que estes têm nos seus utilizadores e na população, refere o partido, em comunicado enviado a O MINHO.

“Os lousadenses têm estima e vontade de valorizar este monumento. Esta vontade manifesta-se nas assinaturas do abaixo-assinado criado pelo Afonso Cerejeira que exige uma alternativa para a travessia do rio e que sirva de ligação ao concelho de Santo Tirso e da Trofa”, explica a nota de imprensa.

A CDU salienta que a ponte “faz a ligação entre o município de Famalicão, Trofa e Santo Tirso e é um acesso ao nó da A3”.

“Dados recolhidos através de um inquérito conduzido pelo Afonso Cerejeira, a ponte é atravessada por pessoas que têm como destino cidades como Valongo, Paredes, Maia e Porto”, acrescenta a nota.

A CDU afirma que “tem intervindo junto do poder local e do Governo central com o objetivo de serem mobilizados recursos para a valorização do espaço envolvente da ponte e a construção da nova ponte para a travessia do rio”.

A coligação de esquerda aponta ainda “um estudo realizado por Cristina Margarida Rodrigues Costa de Análise do Comportamento da Ponte da Lagoncinha sob a Ação do Tráfego Rodoviário (Dissertação na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto-FEUP para obtenção do grau de Mestre, de setembro de 2002)”, onde “foram identificadas anomalias graves que comprometiam a segurança dos utilizadores e grave degradação da infraestrutura”.

Recorda que, em 2010, Agostinho Lopes, então deputado eleito pelo PCP, questionou o Governo sobre projetos para a construção de uma alternativa à ponte, requalificação ambiental da zona envolvente e o início das obras do troço variante poente EN14 até à cidade da Maia”.

“Só em 2017 é que a ponte foi intervencionada e restaurada pelos danos causados pelo tráfego automóvel após anos de sinalização pela CDU comprometendo a segurança dos seus utilizadores”, critica a força política.

E acrescenta: “O estado de degradação do monumento é mais um exemplo das consequências da falta de vontade política e da não auscultação das necessidades das populações”.

“São políticas de alheamento e desinteresse pelo património dos sucessivos governos do PS,PSD/CDS aliadas à negligência da periferia do município pelos executivos da Câmara dos mesmos partidos que não se inibem de gastar milhões de euros do orçamento em obras eleitoralistas em anos de eleições no centro da cidade, comprometendo o desenvolvimento integral da concelho”, considerou ainda a CDU.

“Mesmo depois da última intervenção à ponte, o problema mantém-se, o tráfego automóvel aumenta e se a vontade política dos últimos executivos da Câmara se mantiver, este monumento continuará a degradar-se e voltará a comprometer a segurança dos seus utilizadores e a mobilidade das populações das freguesias e concelhos envolventes que a utilizam”; reforçam.

As eleições legislativas estão marcadas para o próximo domingo.

 
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