O CDS de Famalicão está preocupado com um possível encerramento da maternidade do Hospital do Médio Ave, naquela cidade, manifestando-se “surpreendido” com a anunciada proposta de reorganização da rede de urgências de obstetrícia e blocos de parto a nível nacional.
Em comunicado, os centristas acusam o Governo de atacar Famalicão, “um concelho que tem quase 150 mil habitantes, é o terceiro maior exportador do país, e cujo contributo para o PIB não vê correspondência em investimentos feitos”.
Em causa está uma notícia da Rádio Renascença, que refere que a maternidade de Famalicão é uma das que estão em risco. Isto porque faz menos de mil partos por ano e está a cerca de 30 quilómetros da Póvoa do Varzim (com mais de 1.200 partos por ano), bem como a pouco mais de 40 de Matosinhos, onde está o hospital Pedro Hispano (cujo número de partos tem aumentado, em contraciclo com as restantes maternidades públicas).
Contudo, os centristas lembram que “Famalicão serve, de forma eficiente e com reconhecida qualidade de serviço, também as populações dos vizinhos concelhos da Trofa e Santo Tirso”, e dizem ser “inaceitável e intolerável que se feche a maternidade quando se trata de um serviço que tem correspondido as necessidades da população”.
“Não se compreende que quando nos batemos por implementar medidas que contribuam para o aumento da natalidade, o governo decida encerrar maternidades e serviços, com base em estatísticas e números, sem verdadeiramente conhecer os serviços, as populações e o seu contexto socioeconómico. É este o caso em Vila Nova de Famalicão”, acusam.
Os centristas dizem ainda que “nem um ano atrás, aquando das eleições autárquicas, o agora primeiro-ministro veio a Vila Nova de Famalicão para estar do lado da candidato do PS que tinha como bandeira do programa eleitoral a construção de um novo hospital para Famalicão”.
“O CDS-PP vai estar sempre do lado das pessoas e das entidades a pugnar pela manutenção de serviços essenciais às pessoas, que devem ser o centro da atuação política”, referem.
O CDS diz ainda que irá “acompanhar de perto o desenvolvimento desta informação, solicitar encontro com urgência com o conselho de administração do Centro Hospitalar, e se necessário for, questionar o Ministério da Saúde sobre esta ameaça à prestação de cuidados de saúde neste território”.