CDS pede que portugueses “não deixem estabilidade na mão das oposições”

Recordou o voto contra à Constituição em 1976 como “um hino à liberdade”
Foto: Lusa

O líder parlamentar do CDS-PP apelou hoje aos portugueses para “não deixarem a estabilidade nas mãos das oposições” nas legislativas e recordou o voto contra do partido à Constituição em 1976 como “um hino à liberdade”.

Na sessão solene comemorativa no parlamento do 51.º aniversário do 25 de Abril de 1974 e do 50.º aniversário da eleição da Assembleia Constituinte, Paulo Núncio começou por evocar o Papa Francisco e o seu “testemunho luminoso”, passando depois ao entusiasmo dos portugueses com as primeiras eleições livres.

“É bom lembrar que houve quem não quisesse que as eleições se realizassem; houve quem apelasse à abstenção e quem impedisse partidos políticos de concorrerem”, disse, considerando que ficou à vista nas urnas que “o povo queria uma democracia europeia e ocidental, e não queria uma tutela político-militar no regime democrático”.

O dirigente democrata-cristão salientou que “o CDS esteve em risco de não concorrer às eleições da Assembleia Constituinte”.

“Lembro, por isso, os 16 deputados democratas-cristãos que foram eleitos, apesar da violência, apesar das ameaças e apesar dos cercos”, disse, exaltando o voto contra do CDS-PP contra a Constituição aprovada em 1976.

“O voto contra do CDS foi um verdadeiro hino à liberdade e à democracia pluralista em Portugal”, defendeu.

Na sua intervenção, Paulo Núncio voltou ainda a exaltar a importância do 25 de novembro e da sua celebração, agora também anual, na Assembleia da República.

“Como o CDS sempre insistiu, os dois 25s são a continuação um do outro. E se em abril ganhámos a liberdade, em novembro evitámos perdê-la!”, disse.

O líder parlamentar do CDS-PP terminou a sua intervenção com um apelo direto ao voto na AD – coligação PSD/CDS-PP, considerando que a opção nas legislativas antecipadas de 18 de maio será entre “avançar e retroceder”-

“Como são as terceiras eleições em quatro anos, há quem tema o regresso à instabilidade crónica da 1.ª República. A AD pede aos portugueses para não deixarem a estabilidade nas mãos das oposições que se entenderam para derrubar, mas não para construir”, afirmou.

Núncio destacou algumas das medidas tomadas pelo executivo em 11 meses de governação, considerando que representou “um centro-direita que é moderado na política, bem-sucedido na economia, justo no social, regulador na imigração, e certo, certinho nas contas públicas”.

“É isto que assusta as oposições de esquerda”, considerou, lembrando que, desde 1979, a fórmula AD iniciada por Sá Carneiro e Pinto Balsemão, Freitas do Amaral e Amaro da Costa e Gonçalo Ribeiro Telles nunca perdeu eleições legislativas. Ficou sempre em primeiro lugar”, afirmou, antevendo que tal voltará a acontecer porque “todas as supostas alternativas implicariam riscos severos de extremismos”.

 
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