O CDS de Braga fez uma recomendação política sobre a conclusão da Variante do Cávado, pressionando as Infra-estruturas de Portugal e o Governo a concluírem uma obra que ficou a meio.
Através do seu grupo municipal, em sede de Assembleia Municipal, o partido recomendou que os deputados de todos
os partidos, eleitos pelo distrito de Braga, levem esta problemática à Assembleia da República e que o Governo da República considere a conclusão da Variante do Cávado como uma prioridade urgente no plano de investimentos rodoviários.
Em comunicado enviado a O MINHO, a estrutura liderada pelo vereador Altino Bessa, relembra que “há vários anos que o executivo ‘Juntos por Braga’ insiste que a intervenção estruturante na Variante do Cávado seria um elemento dissuasor do fluxo de trânsito no acesso à cidade e, ao mesmo tempo, uma alternativa para quem tiver de se deslocar para as freguesias de Frossos, Real ou Merelim”.
Altino Bessa considera que “em boa hora o Município de Braga lançou e concluiu o segundo troço da Variante do Cávado, que permite a ligação da EN 201 à Freguesia de Frossos, numa extensão de 1134 metros e cuja obra ascendeu ao valor de 1,6 milhões de euros”, mas “falta fazer o resto!”.
“Falta ligar Frossos a Ferreiros. Estamos certos de que com a extensão da variante até Ferreiros parte do trânsito seria desviado do centro, devolvendo a cidade às pessoas e criando condições efetivas para aí se implementarem os modos suaves de mobilidade”, pode ler-se na nota de imprensa.
Para Altino Bessa, “trata-se de um investimento de 20 milhões de euros que só se verifica possível se o Estado investir, de uma vez por todas, no que realmente importa: a qualidade de vida da população”.
“Esta é uma obrigação estatal e que tem de ser posta em prática”, afirma.
E prossegue: “Numa era em que tanto se fala em devolver a qualidade de vida às pessoas, estranhamos a letargia deste Governo. Não se podemos ficar no discurso. É preciso passar à ação. Perante as evidências, urge que as Infraestruturas de Portugal encetem a concretização do projeto que se prende com a ligação da variante do Cávado entre os ‘Nós’ de Frossos e d Ferreiros com a decorrente confluência na autoestrada”.
A concluir, Altino Bessa observa: “Se existem verbas no orçamento de Estado e no PRR para melhorar as vias
rodoviárias das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, será que Braga – enquanto terceiro centro
urbano mais importante do país – não merece idêntica consideração? A nossa região também é Portugal e
não pode continuar a ser continuamente diferenciada. Tendo em conta as circunstâncias caóticas que se fazem sentir diariamente, o Governo tem a obrigação de acelerar a concretização deste ‘segundo nó’ que, à semelhança do Nó de Infias, abrange vários Municípios da região do Norte de Portugal”.
Nó de Infias
Para os centristas, “enquanto se aguarda pacientemente que o Estado Central, através das Infraestruturas
de Portugal, lance o concurso público para a reformulação do Nó de Infias, importa refletir sobre como
tornar a mobilidade mais sustentável, mais inteligente e mais descarbonizada no concelho de Braga”.