O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira manifestou-se hoje “extremamente satisfeito” com o anúncio da recuperação do castelo que até 2008 funcionou como pousada Dom Dinis e com a sua concessão a privados para fins turísticos.
“O anúncio do programa REVIVE, e a integração do Castelo de Cerveira como um dos imóveis prioritários de intervenção, deixa-nos extremamente satisfeitos, a nós enquanto município, mas com toda a certeza, à comunidade cerveirense no geral“, afirmou hoje Fernando Nogueira.
Em causa está o castelo com origens no século XIII, mandado construir pelo Rei Dom Dinis, classificado como monumento nacional onde até finais de 2008 funcionou a pousada com o mesmo nome. Na altura, enquanto Pousada de Portugal, integrava o grupo Pestana, que a encerrou a pretexto de obras de reabilitação.
Desde então, tanto o anterior executivo municipal como o atual têm tentado ultrapassar o impasse, face a várias manifestações de interesse de promotores privados e, como forma também de travar o estado de degradação do imóvel.
O imóvel, propriedade da Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), é um dos dez edifícios que, até ao final do ano, vão ser concessionados a privados, com o compromisso de que sejam recuperados, reabilitados e acessíveis ao público.
O castelo, classificado como monumento nacional, vai ser recuperado ao abrigo do Revive, um programa conjunto dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, hoje lançado em Coimbra e que pretende valorizar o património ao abandono.
“O Castelo de Cerveira, considerado a joia da coroa do concelho, vai finalmente recuperar o seu esplendor e dignidade que merece”, disse o presidente da Câmara local.
Para Fernando Nogueira, aquela iniciativa, “que envolve várias entidades, só comprova a atenção para com o património e a sua utilização em prol da economia local e nacional, como de enorme potencial turístico-cultural”.
“Além da requalificação do imóvel com enorme valor histórico-patrimonial, quer pelo ícone em que se transformou quer pela localização idílica, esta medida irá contribuir para a valorização de Vila Nova de Cerveira, colocando aquele conjunto edificado ao serviço dos cerveirenses, da economia local e dos inúmeros turistas que tornam o Castelo como um dos ex-líbris do concelho mais visitado”, sustentou o autarca que desde 2013 vem alertando para o “avançado estado de degradação” do imóvel.
O impasse em que o processo se encontra desde 2008 levou mesmo, em 2011, no mandato do executivo anterior, à desistência de um grupo alemão interessado em criar um hotel de charme ligado às artes.
O estado em que se encontra o imóvel levou a Assembleia Municipal a aprovar, em 2015, uma moção intitulada “Em Defesa da Clarificação do Futuro do Castelo”.
O documento foi enviado ao presidente da República, primeiro-ministro, ministra de Estado e das Finanças, secretário de Estado das Finanças, Direção Geral do Tesouro e Finanças, aos grupos parlamentares com assento na Assembleia da República, entre outras entidades.
A pousada foi inaugurada a 03 de setembro de 1982 e possuía restaurante, bar e 29 quartos, alguns com pequenos pátios totalmente privados para os seus hóspedes. Em 2008, enquanto Pousada de Portugal, a unidade integrava o grupo Pestana que a encerrou a pretexto de obras de reabilitação.
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