Nasceu em Esposende uma casa inspirada no poeta Herberto Hélder. “Era uma casa — como direi? — absoluta. / Eu jogo, eu juro. / Era uma casinfância.” Foi este o poema que inspirou o projeto Casa de Férias, do arquiteto Hugo Barros, do Atelier da Costa, da Póvoa de Varzim.
“A palavra ‘casinfância’ foi um termo muito marcante porque casa e infância são dois conceitos tão próximos. A poesia funcionou como um espelho para aquilo que estávamos a fazer”, assume o arquiteto em declarações ao P3.
Em entrevista à Antena 1, explica que o pedido era de uma casa de férias simples e sem grande durabilidade: “Poderia ser uma casa efémera de 20 a 30 anos de duração”.
A habitação foi construída em nove meses para momentos de partilha familiar.
Com a noção de uma casa a curto prazo, e não de “uma casa que durasse para sempre”, o projecto em Esposende rapidamente se tornou “peculiar”.
A utilização do betão para o embasamento da casa encurtou o tempo da construção. Em cima do betão, foi criado “uma espécie de volume em madeira, que espreita sobre a rua”.”