O miradouro improvisado na Casa dos Coimbras, no centro de Braga, vai mesmo ser demolido, após despacho do vereador do Urbanismo, João Rodrigues, que aponta um prazo de dez dias para a demolição da ‘torre’ com 16 metros de altura.
Fonte da autarquia adiantou a O MINHO que a estrutura “não é nem nunca foi legal”, e que a empresa gestora da Casa dos Coimbras (monumento de interesse nacional) terá de a demolir. Caso não o faça, a autarquia irá desmontar o miradouro de forma coerciva.
Contactado por O MINHO, o gestor da “Torre dos Coimbras”, que gere o espaço, garantiu que será feita a demolição “mal chegue a ordem” para tal.
“Tínhamos a indicação de que a montagem de uma estrutura provisória, por um período de 90 dias, não precisava de licença, mas se assim não é agiremos em conformidade”, sublinhou Aguiar Campos.
O empresário diz que nunca agiu fora da legalidade e deu como exemplo um projeto que elaborou para a casa e para a capela dos Coimbras, aprovado pela Direção Regional de Cultura do Norte.
Aguiar Campos vincou ainda que irá iniciar contactos com a autarquia e com a DRCN para construir uma estrutura de forma definitiva, a servir de miradouro.
“Edificámos o miradouro para fazermos uma experiência de três meses, numa espécie de prova de conceito. Se concluirmos que vale a pena, faremos então uma outra, se o permitirem, com perfil definitivo e que queremos que seja icónica em Braga, como que uma obra de arte”, explicou, salientando que já foram investidos 200 mil euros no espaço para o tornar um polo de atratividade cultural e turística, que dá emprego a dez pessoas.
Em meados de agosto, e após uma denúncia, os serviços de fiscalização da Câmara foram ao local, tendo o processo que se seguiu resultado na ordem de demolição.
O conjunto é património nacional desde 1910, sendo propriedade de uma família local, atualmente a residir no Porto.