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O Estado vai leiloar em janeiro 98 artigos imobiliários (menos 26 do que em dezembro) e 47 viaturas (mais 4 que em dezembro) nos distritos de Braga e de Viana do Castelo através da plataforma e-leilões, que se dedica à venda online dos bens executados pelos tribunais resultantes de dívidas ou processos de insolvência, bem como de artigos móveis ou imóveis apreendidos, recuperados ou declarados perdidos em processos-crime.
A plataforma foi idealizada e lançada em maio de 2016 através de despacho da então ministra da Justiça Francisca Van Dunem, ficando a sua gestão e operacionalidade a cargo da Ordem dos Solicitadores, ou seja, apenas executores negoceiam com os interessados, no caso dos particulares, em nome dos proprietários dos bens executados e agora a leilão.
O MINHO consultou a plataforma a propósito da atualização mensal dos leilões, e verificou que no distrito de Braga, para o mês de janeiro, estão a leilão 76 imóveis, a saber: sete apartamentos (mais dois que no mês de dezembro), 25 moradias (mais duas que no mês que terminou), oito lojas (mais uma), três quintas (menos três) e duas garagens (menos seis), entre outros.
Casa com piscina em Guimarães
Destaca-se a entrada na plataforma de uma moradia de luxo em Guimarães, com o valor base de 476 mil euros, admitindo-se o valor mínimo de 404 mil euros. Contudo, a proposta mais alta, até agora, é de 206,5 mil euros. O leilão teve início em 27 de novembro do ano passado e termina no dia 09 de janeiro de 2024, às 14:30.
Segundo a plataforma, trata-se de uma casa de rés do chão, 1º andar, dependência e quintal destinada a habitação, em Atães, Guimarães, inscrito na matriz urbana e descrito na Conservatória do Registo Predial de Guimarães.
A zona habitacional inclui casa de habitação, com área de 437m2 e área dependente de 198m2; uma churrasqueira com 51m2; balneário de 33m2; um armazém em blocos com área de 51m2, uma piscina com 212m2, anexos em granito com 71m2, palheiro com 4,50m2, tanque com 44,60m2, e uma moradia antiga com 145 m2.
T2 no centro da cidade de Braga
Em relação aos apartamentos em leilão, destaca-se a entrada de um T2 em São Vicente, na cidade de Braga, com valor base de 168 mil euros e preço mínimo de 135 mil euros.
Trata-se de uma fração autónoma de um prédio horizontal, no rés-do-chão direito, com entrada pela Praceta Beato Inácio Azevedo.
Até final de fevereiro, existe um inquilino que celebrou contrato de arrendamento com o executado, por um ano, mas renovável por iguais períodos, sendo essa uma limitação para quem comprar o apartamento.
Em entrevista à CNN Portugal, Duarte Pinto, representante dos agentes de execução, explicou que o leilão eletrónico veio travar a forma antiga de se leiloar o que era do Estado, quase sempre restrito a um grupo de interessados, através de carta fechada, e num gabinete de juizes. O presidente do Conselho Profissional do Colégio dos Agentes de Execução, dá conta de preços “mais favoráveis” às famílias que estejam a pensar comprar casa, mas adianta que a mais parte dos ‘lances’ é feita por “investidores”.
Moradia T6 em Arcos de Valdevez
No Alto Minho, a moradia mais valiosa é um prédio urbano T6 composto por uma casa de cave, rés do chão e primeiro andar, para habitação, com a área coberta de 147,50 m2 e descoberta de 1556 m2, sito no lugar de veiga, freguesia de Oliveira, concelho de Arcos de Valdevez.
Está em leilão com um valor base de 200 mil euros, embora o valor de abertura seja de 100 mil euros. No mínimo, as propostas têm de chegar a 170 mil euros para o imóvel ser vendido. O prazo limite para apresentação de propostas é 16 de janeiro de 2024, às 14:30.
BMW 3K
No distrito de Braga, o veículo mais caro em leilão continua a ser um ligeiro de passageiros de 2013, marca BMW, modelo 3K, cilindrada 1995, a gasóleo, de cor branca. Está situado em Geraz do Minho, Póvoa de Lanhoso e o valor base é de 10.000 euros, mas o valor de abertura é de 5 mil. Já existe um lance, no valor de 9 mil euros. O leilão termina às 10:00 horas do dia 09 de janeiro.
Nesta quarta-feira existiam 1118 leilões de todo o país ativos na plataforma. O mais caro é um antigo complexo industrial em Aveiro e cujo valor base situa-se nos 5 milhões de euros.