Carvalhal só aponta à vitória na final da Taça de Portugal

I Liga
Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO

O treinador Carlos Carvalhal elogiou hoje a dinâmica ofensiva do Benfica e revelou que ganhar a Taça de Portugal de futebol, no domingo, pelo SC Braga terá “um sabor como nenhum outro título”.

Na conferência de imprensa de antevisão da partida, Carlos Carvalhal considerou que “as dificuldades são inerentes a jogar contra uma equipa de elevada capacidade, com grandes jogadores, internacionais por Brasil, Argentina ou Uruguai, e um grande treinador”.

Segundo Carlos Carvalhal, “quando o jogo começa, tudo o que está para trás, o que foi a época, a história dos clubes e o trajeto na Taça, não conta para nada, contam só aqueles 90 minutos e aí, a equipa mais equilibrada emocionalmente, mais focada e com mais qualidade, vai vencer”.

A ausência de Lucas Veríssimo no eixo defensivo, por lesão, e o facto do também defesa central Vertonghen não ter treinado hoje e poder estar em dúvida não altera a dinâmica do Benfica, considerou o treinador.

“Jogando [na defesa] a quatro ou a três, a dinâmica ofensiva do Benfica é sempre a mesma, não se altera, a não ser pelas características dos jogadores. Estamos identificados com as duas formas de jogar do Benfica, mas a dinâmica ofensiva, porque tem um grande treinador, tem uma impressão digital, mas acho que o Braga também tem essa marca”, considerou.

O treinador admitiu ter treinado a marcação de grandes penalidades, porque “quem prepara uma final qualquer prepara os pormenores e os penáltis também”, e confessou que vencer este título pelo Sporting de Braga “terá outro sabor”.

“Nasci na rua de S. Vicente e vivi paredes meias com o Bairro da Misericórdia, a 400 metros do estádio, onde passei a minha infância. Comecei a jogar na formação do Braga com 11 anos, fui internacional por Portugal [nas camadas jovens] como jogador do Braga, cheguei a sénior e sou treinador e se há título que me dará um gozo especial é ganhar pelo clube da minha terra, nenhum outro título no futuro terá o sabor igual a este, mas a vontade dos jogadores não é menor que a minha”, disse.

O conhecimento entre as duas equipas é grande, tendo-se defrontado três vezes esta época, com duas vitórias dos bracarenses e uma das ‘águias’, mas o treinador notou que mesmo que o Braga jogasse “contra uma equipa do Polo Norte, contra 11 esquimós, com o conhecimento que há hoje, podia ir ao pormenor e saber como jogavam”.

O técnico dos minhotos admitiu uma quebra no último terço da época, mas frisou que a equipa já “voltou à carga”.

“Já há duas ou três semanas que recuperámos os jogadores que estavam mais sobrecarregados, não tenho problemas em relação a esta parte da época ter terminado menos bem, acho perfeitamente normal ter havido alguma descompressão, mas já juntámos as tropas e já voltámos à carga”, disse.

Nuno Almeida é o árbitro do jogo, mas o treinador disse que não tem o hábito de saber quem são os juízes das partidas.

“Muitas vezes só sei quem é quando o vemos no túnel, não acho isso relevante, a confiança na arbitragem é total. Na generalidade, a arbitragem portuguesa melhorou imenso, aumentou foi o ruído. Esta época, acho que errou mais o VAR, porque não pode errar, do que as equipas de arbitragem dentro de campo. Há um escrutínio muito grande, quando termina o jogo a análise não é sobre a tática, nem a técnica, mas sobre a arbitragem”, notou.

O SC Braga e o Benfica defrontam-se no domingo, a partir das 20:30, numa inédita final da 81.ª edição da Taça de Portugal, marcada para o Estádio Cidade de Coimbra, à porta fechada, devido à pandemia da covid-19, e que será arbitrada por Nuno Almeida, da associação do Algarve.

 
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