Entre 08 e 23 de outubro, dezenas de organizações e pessoas realizaram diferentes ações relacionadas com a proteção ambiental de forma a assinalar a segunda edição do Dia da Ação Comum pela Natureza (DACN).
No âmbito da Carta de Famalicão, a iniciativa foi pautada por uma série de ações ecológicas locais organizadas por várias entidades de cariz ambiental das regiões centro e norte de Portugal.
Realizado de dois em dois anos e depois de um ano de paragem forçada devido à pandemia, este ano, o DACN contou com 16 ações realizadas por 14 entidades e 1 grupo informal de amigos, revelou fonte da organização a O MINHO.
O DACN ganhou raízes em 2017, durante o primeiro Encontro da Convergência Ecológica e Ambiental, e foi implementado em 2019 como objetivo a promoção da consciência e da proteção ambiental através da realização de atividades com a sociedade civil dentro da área de influência de cada organização aderente, num sistema de autogestão.
“Isto é, cada entidade é responsável pela escolha do tema local e desenvolvimento das ações, dentro do Espírito da Carta de Famalicão”, explica a fonte.
Carta de Famalicão
A Carta de Famalicão surgiu em 2017 através de um processo participativo e cooperativo entre várias organizações ambientais formais e informais, reúne um conjunto de preocupações, propostas e recomendações a envolver rios e bacias hidrográficas, transição, apelando a um modo de vida menos consumidor de recursos e mais autêntico, coberto vegetal, incêndios e floresta autócton, proteção do património e gestão das áreas juridicamente protegidas.
Em 2021, foi aditado um novo texto ao primeiro documento sobre a temática “Solos, fonte de vida: Ambiente, Saúde e Agricultura”, por se considerar que este compartimento e a sua degradação têm sido menosprezados.
Temas como a erosão e as suas causas, o direito à alimentação saudável e à soberania alimentar, as boas práticas agrícolas que promovam a conservação da paisagem ou a sua regeneração tomaram a mesma importância que as temáticas anteriores.
A Carta de Famalicão pode ser subscrita, tanto coletiva como individualmente.
O seu texto integral, assim como os Encontro da Convergência e o Dia da Ação Comum pela Natureza podem ser consultados em www.carta-de.famalicao.webnode.pt ou através das redes sociais.
Participaram no DAPN: Campo Aberto – Associação de Defesa do Ambiente; Bem da Terra; AARO – Associação dos Amigos do Rio Ovelha; APTS – Associação Portuguesa de Turismo Sustentável; Parque da Devesa, Famalicão; CMIA de Vila do Conde – Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental; Famalicão em Transição; AAMDA – Associação dos Amigos do Mindelo para a Defesa do Ambiente; MilVoz – Associação de Proteção e Conservação da Natureza; Câmara Municipal de Valongo; Câmara Municipal de Braga; Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural; Laboratório da Paisagem; Câmara Municipal de Lousada; um grupo de amigos de Vila Verde (grupo informal).