As carruagens compradas pela CP à operadora ferroviária espanhola RENFE e recuperadas nas oficinas portuguesas já podem circular na Linha do Minho, após ter sido autorizada a circulação pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, avança o jornal ECO.
O período do processo de homologação foi de cerca de um ano, depois de as carruagens terem sido recuperadas nas oficinas da CP, a partir de 2020 e de o pedido ter dado entrada em março deste ano.
Ficam autorizadas seis carruagens de arco, para já. No total, foram compradas 50 à RENFE. O negócio rondou 1,5 milhões de euros para 36 carruagens arco e 14 de outras séries. Cada carruagem arco teve um custo de reparação/recuperação de 150 mil euros, cerca de 10% do preço de mercado para carruagens novas deste género.
Na Linha do Minho vão começar a circular uma carruagem de segunda classe, com 80 lugares sentados, uma de primeira, com 56 lugares sentados, e a carruagem-bar, com 25 lugares sentados e espaço para oito bicicletas. Vão ser rebocadas por uma locomotiva elétrica, também ela recuperada nas oficinas.
Estas carruagens deveriam ter entrado em circulação em meados de 2021, quando ficou concluída a eletrificação da Linha do Minho. Mas a homologação para autorização arrastou-se no tempo devido à necessidade de autorização de entidades europeias.
Autorizado na quinta-feira, o pedido tinha dado entrada no IMT há cerca de 5 meses.