O RallySpirit volta a trazer os “mais lendários carros de ralis de todos os tempos” a Barcelos, Esposende, Braga, Vila Verde e Terras de Bouro, entre quinta-feira e sábado.
A celebrar o 10.º aniversário, a prova organizada pela X Racing volta a “reunir os mais lendários carros de ralis de todas as gerações, num ambiente único de festa, convívio e confraternização, mas onde a competição serve também de catalizador para as emoções, onde o cheiro a gasolina e a borracha queimada despertam ainda mais os sentidos e onde as decorações da época das máquinas presentes fazem viajar no tempo e na história”.
Campeão do mundo Timo Salonen é embaixador
O campeão do mundo de ralis de 1985, Timo Salonen, será uma das “grandes atrações” do RallySpirit 2025, regressando a Portugal para “partilhar com os fãs a paixão pelos ralis, mesmo se um problema físico o impossibilitará de estar ao volante de um carro de competição durante a prova”.
Sendo um dos “expoentes máximos” da geração dos “finlandeses voadores”, Salolen será homenageado pela conquista do seu título mundial, precisamente há 40 anos, então ao volante de um Peugeot 205 T16, marcando presença assídua em muitas das principais atividades do evento, seja na tertúlia temática ou em diversas sessões de autógrafos.
Neste contexto, o veterano piloto que integrou as equipas oficiais da Fiat, Datsun, Nissan, Peugeot, Mazda e Mitsubishi e conquistou 11 vitórias e 24 pódios no WRC, mostra-se plenamente satisfeito com a sua presença no RallySpirit.
“É sempre um prazer voltar a Portugal, onde o público vibra com os ralis como em poucos lugares no mundo. Participar num evento como o RallySpirit, com este espírito tão especial e rodeado de máquinas que marcaram gerações, é uma experiência encantadora. Estou certo de que serão dias memoráveis”, disse, citado em comunicado.
Para além de Timo Salolen, a lista de inscritos confirma também uma heterogeneidade de pilotos, onde estrelas nacionais como Rui Madeira (campeão do mundo de Grupo N em 1995), Fernando Peres (tricampeão nacional de ralis) ou Hugo Lopes (piloto oficial do Team Hyundai Portugal), convivem com um grupo alargado de outros rápidos protagonistas, sem esquecer muitos ‘gentleman drivers’, de que Carlos Tavares, ex-presidente do Grupo Stellantis, é um bom exemplo.
Mas o RallySpirit é “muito mais do que uma simples montra dinâmica de algumas das mais lendárias máquinas do universo dos ralis, no seu habitat natural”. É também uma “fábrica de concretização sonhos”, como prova a participação do piloto Jorge Ortigão (figura emblemática dos ralis portugueses e pai de Pedro Ortigão, o mentor do RallySpirit) ao volante de um icónico e ex-oficial Toyota Celica Twin Cam Turbo (TA64), que há quatro décadas ambicionava pilotar e que, agora, lhe permitirá finalmente concretizar um sonho de longa data.
109 equipas
No total 109 equipas responderam à chamada da X Racing e do Clube Automóvel de Santo Tirso (organizador desportivo), sendo que quase 40% dos participantes são estrangeiros.
Pilotos e navegadores de 12 nacionalidades diferentes vão contribuir para a presença de um parque automóvel de “sonho”, que percorre a linha histórica do que se passa nos ralis desde os anos 60 até aos dias de hoje, na melhor tradição do que o evento já habituou.
À partida do RallySpirit 2025, todas as principais épocas desta história estão representadas, seja nas categorias “Históricos” e “Spirit” (ambas com classificação), seja nas “Legend” e “Extra” (onde a exibição é mais importante que o cronómetro).
Desde os emblemáticos “Super” Grupo B (Audi Sport Quattro S1 E2 – três unidades -, Lancia Delta S4, MG Metro 6R4 ou Renault 5 Maxi Turbo), até aos mais convencionais, mas não menos espetaculares Grupo B e Grupo 4 (Lancia 037 e Stratos, Alpine-Renault 110, Porsche 911, Audi Quattro, Opel Manta 400, Toyota Celica Twin Cam Turbo e Ford Escort RS), sem esquecer os também entusiasmantes Grupo A (Lancia Delta Integrale, Subaru Impreza, Mitsubishi Lancer Evo, BMW M3 ou Ford Sierra Cosworth), os sonoramente contagiantes S2000 (Peugeot 306 Maxi), S1600 (Peugeot 206 S1600), Kit Car (Citroën Saxo, Seat Ibiza e Nissan Micra Kit Car) e RGT (Porsche 991.2 GT3).
Mas a “verdadeira magia” do RallySpirit também se prende com a “convivência saudável” entre todos esses “fantásticos bólides” e modelos “muito mais modestos”, como os saudosos Trabant RS800 e Renault 4L, e que com eles conseguem ombrear na popularidade das ‘selfies’ ou de arrancar aquele sorriso de simpatia e nostalgia.
13 especiais
Até sábdo, o RallySpirit celebra a sua 10.ª edição numa rota que atravessa o Norte de Portugal, passando pelo Porto, Gaia, Santo Tirso, Barcelos, Esposende, Vila Verde e Terras do Bouro, afirmando-se como “um dos eventos de desporto automóvel mais carismáticos disputados em Portugal”:
Em termos competitivos, o rali terá 13 provas especiais, distribuídas ao longo de três dias, num total de 444,07 km, dos quais 136,24 km serão cronometrados.
Algumas das classificativas disputam-se em sistema de perseguição (Boucles), o que, por certo, fará “subir, ainda mais, a adrenalina de pilotos e espectadores”.
Contudo, o percurso não vive apenas da velocidade pura e dura das carros lendários presentes, é também capaz de oferecer momentos de emoção, que podem muito bem passar pela “glamorosa” Cerimónia de Partida no Porto (Jardim das Sobreiras), logo na quinta-feira às 19:30 ou estender-se à pitoresca passagem pela Marginal de Gaia, 40 minutos depois.
Outros pontos altos incluem, na sexta-feira (dia 06), os reagrupamentos de Terras do Bouro (14:29), Vila Verde (17:50) e no sábado (dia 07) o de Esposende (na Marina) (11:46), a que se junta o Parque de Assistência de Barcelos (durante os três dias de prova) como local de contacto também privilegiado entre público, pilotos e máquinas.
À margem da estrada, eventos dentro do próprio evento, como a Rally Party (quinta-feira, 22:15 em Barcelos) ou o Rally Tertúlia Fuchs (sexta-feira, 21:30, também em Barcelos) darão uma tónica “diferenciadora a ajudarão a promover o espírito único do evento”.
“Celebrar 10 edições é um marco que nos enche de orgulho e que prova que a nossa estratégia inicial, de evoluir passo a passo, estava certa. Nesta edição tão especial, ter connosco uma figura como o Timo Salonen e tantas equipas internacionais confirma a projeção que o RallySpirit atingiu além-fronteiras. Mas, mais do que números ou nomes, o RallySpirit é feito do ambiente apaixonado entre pilotos, carros e público, e esse vai continuar a ser o nosso espírito e inspiração para fazermos mais e melhor todos os anos”, refere Pedro Ortigão, um dos responsáveis pela X Racing.
Mais informações disponíveis no ‘site’ oficial.
