Carlos Fino pediu desculpa à Universidade do Minho (UM) pelo post na sua página de Facebook em que criticou a instituição de “reduzir o canudo a um simples papel carimbado”.
A reação surge após a notícia de O MINHO que dava conta conta do desagrado do ex-correspondente da RTP e dos esclarecimentos da UM – suscitados pelo nosso jornal -, designadamente que o visado pedira a “certidão de conclusão” e não a “carta doutoral”.
Em e-mail enviado a O MINHO, Carlos Fino remete para um post na sua página de Facebook intitulado “Braga por um canudo – mea culpa, mea maxima culpa” em que começa por assumir que, “afinal, estava errado na nota que [publicou] no final de abril”.
“Ao contrário do que escrevi ou dei a entender na altura, a UMinho emite, sim, diplomas mais formais correspondentes à conclusão dos doutoramentos. A culpa foi minha, por ter confundido ‘certidão de conclusão’ com ‘carta doutoral’ e partido daí para uma chamada de atenção que – embora na minha intenção íntima fosse benevolamente irónica – na realidade não se justificava”, escreve o doutorado em Ciências da Comunicação.
“Pelo facto deixo aqui expresso o meu sincero pedido de desculpas à UMinho, sem cujo sustentado apoio crítico, aliás, não teria sido possível concretizar o meu sonho de sempre, proporcionando-me assim, no dia 29 de Abril de 2019, aquele que foi certamente um dos momentos mais felizes da minha vida”, realça Carlos Fino.
O consagrado repórter reitera que “as formalidades contam” e que, nos “casos de fim de curso ou doutoramento, os documentos formais, mais do que se limitarem a satisfazer a vaidade pessoal de cada um – que é sempre vã, por maior que seja o mérito – têm a dupla função de sublinhar a importância do esforço empreendido na área respectiva e a própria dignidade das instituições envolvidas”.
“Ainda bem, portanto, que – ao contrário do que erradamente supus – a UMinho mantém essa tradição comum à generalidade das universidades do mundo inteiro”, conclui aquele que foi o primeiro repórter a anunciar, com imagens ao vivo, o bombardeamento de Bagdade na última Guerra do Golfo, em 2003.