Declarações na ‘flash interview’ da SportTV após o jogo Benfica – SC Braga (3-0), da meia-final da Taça da Liga de futebol, disputado hoje em Leiria:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “É o mesmo adversário, mesma equipa, mesmo jogadores. Explica-se com factos: duas faltas nos primeiros 45 minutos. E na segunda parte terão sido umas três, quatro. Não é possível, é sintoma de falta de agressividade da nossa equipa. Chegávamos sempre tarde, ao contrário do último jogo em que ganhávamos sempre as primeiras e segundas bolas. […] Hoje, foi ao contrário.
Essa falta de agressividade, aliada ao facto de o Benfica estar ‘ferrado’, como estávamos no último jogo, imprimiu velocidade e no fundo chegou ao 1-0, ao 2-0 logo a seguir, o que acabou por ser um duro golpe. Ainda conseguimos chegar à frente, mas a falta de agressividade ia levar-nos a perder este jogo.
[Benfica é] uma equipa boa, sempre dissemos isso. Sabíamos que íamos ter uma tarefa muito difícil hoje. Temos de falar, corrigir coisas, mas não podemos sofrer o segundo golo da forma que sofremos. Não vou estar a carregar em cima da equipa, já o fiz várias vezes. Tenho de tentar levantar os jogadores.Não fomos intensos, não fomos agressivos, não definimos bem. […] Perdemos tudo. Vitória inteiramente justa do Benfica.
Disse desde que cheguei que não ia ser fácil. Se calhar, não esperava que fosse tão difícil [o seu trabalho].
Temos o mérito de ter chegado a esta meia-final, mas éramos os vencedores e queríamos revalidar o troféu
[Jonas] estava a chorar no balneário. Disse-lhe que não queria que ele estivesse a chorar por ter sido expulso”.– Bruno Lage (treinador do Benfica): “Fundamentalmente, voltámos a ter boa entrada e demos sequência a essa boa entrada. A consequência disso, do domínio de jogo, foram três golos de uma qualidade muito boa.
Uma primeira parte muito boa, uma segunda parte muito boa, agora é a preparar a final da melhor maneira, porque queremos vencer. Olhar para o que fizemos hoje, aprender com o que fizemos há três dias com este adversário, e a equipa teve um comportamento muito bom, uma exibição muito boa, e agora temos nova oportunidade de defrontar o Sporting e aquilo que mais ambicionamos é conquistar um título que nos escapa desde 2016.
Isto não vai com fomes. A jogar de três em três dias, as equipas têm de saber recuperar. Temos é de estar preparados e ser uma equipa forte, um plantel forte para competir. Esta equipa trabalha muito, trabalha bem e tem jogadores de enorme qualidade. E, como hoje aconteceu, frescos e determinados somos uma equipa que joga bem futebol e tem a fome que você referiu para vencer jogos.
(substituições na segunda parte) Temos de pensar na final, só temos dois dias para recuperar. O Sporting parte em vantagem nesse sentido. Os calendários são tão apertados que queremos ter pelo menos três dias entre os jogos. Não é possível. […] Mas isso não vai servir de desculpa, temos é de nos apresentar da maneira que fizemos.
Estamos na final, não ganhámos nada, queremos ganhar a final.
Aprender, estamos sempre a aprender. Temos de olhar para o que fizemos, não perder muito tempo.
Relativamente aos títulos, gostava de reescrever a história do Benfica. A história do Benfica, dos treinadores, é só com títulos. Não é com vitórias em jogos, é com títulos. Não ganhámos nada, chegámos a uma final, aquilo que eu mais quero é vencer um título para deixar mais um título pequeno na grande história do Benfica”.