Um cão de raça pequinês ficou ferido durante a estadia em um hotel para cães, situado em Braga, motivando agora um pedido de indemnização que pode ascender a 30 mil euros, a pedido da dona do animal.
O cão foi entregue aos cuidados do hotel canino no passado dia 17 de agosto com prazo de entrega no dia 21. Nesse dia, o Woody [nome do cão] terá “deslocado” o olho, que terá “saído” da órbita ocular em cerca de dois milímetros, motivando já várias cirurgias.
O MINHO não irá nomear o hotel em questão por questões éticas, mas ouviu o gerente, Fernando Oliveira, que afirma já ter encontrado o cão nesse estado na manhã do dia 22 de agosto.
“O cão dormiu num quarto individual e de manhã estava com aquela anomalia no olho”, refere. Fernando conta que tentou contactar o veterinário habitual do animal mas não conseguiu, levando-o de urgência a um hospital veterinário onde o canídeo foi sujeito a intervenção cirúrgica.
“Por volta das 10:10 liguei à dona a informar do sucedido”, garante. De acordo com o gerente, o veterinário que analisou o animal garante que a deslocação do globo ocular é algo “comum” nesta raça de cães, por terem os olhos esbugalhados.

Mas Maria Emília, proprietária de Woody, não concorda e quer saber quais as responsabilidades do hotel, tendo já informado que os gastos com o cão ascendem a 2.000 euros para pagar outras duas intervenções cirúrgicas que o cão já terá sido alvo e ainda 30 mil euros de indemnização por danos causados.
A proprietária explica que o animal “foi operado sem qualquer aviso prévio dos donos ou seu consentimento” e aponta ainda falta de ética ao hospital que operou o cão numa primeira instância.
Relata que o diretor clínico daquele hospital lhe disse que quando decorria a operação a um olho, o outro também saltou fora. “Começámos todos a rir”, terá dito o diretor, nas palavras de Maria Emília.
A proprietária sublinha não saber o que aconteceu com o cão, não estando assim “em condições de aferir ou imputar culpa”. Mas Fernando Oliveira garantiu a O MINHO ter já recebido uma carta de um advogado, por requisição de Maria Emília, onde é pedida a indemnização de 30 mil euros.