Hoje em dia, e com a ajuda da Internet, as pessoas têm a possibilidade de seguir “em primeira mão” a vida de determinadas personalidades que admiram. Um famoso que viram na televisão, um grupo de música que gostam ou até a vida de um animal que conheceram e que “não querem perder de vista”.
É na terceira opção que Golden, um cão rafeiro adulto, se enquadra, desde que foi adotado por Neuza Teixeira e João Fernandes, em junho de 2015.
Com mais de 10.000 seguidores, a página de Facebook Golden Days, criada pelos donos deste cão depois de o resgatarem do canil municipal de Braga, faz as delícias daqueles que escolheram seguir o dia a dia do Golden.
Através das fotos diárias, desabafos, cãominhadas, cãocursos e partilha de animais para adoção, Neuza Teixeira e João Fernandes pretendem contribuir para que “mais pessoas considerem a hipótese de salvar um animal abandonado”.
“Em pouco tempo, o Golden tornou-se a maior benção das nossas vidas. Ao partilhá-la, acreditamos que poderemos ajudar mais pessoas (e animais) a serem felizes”, salienta o casal, que descreve o seu animal de estimação como um melhor amigo.
Com esta iniciativa, o jovem casal quer chamar a atenção para aquele que é o melhor tratamento dos animais, “com carinho e zelando pela sua saúde”, e lutar contra a descriminação que existe quando o animal é rafeiro.
“Não discriminar os rafeiros, só porque os seus pais eram de raças diferentes. Perceber que a raça não é determinante para um cão ser perigoso, uma vez que isso depende, acima de tudo, da educação. Tanto durante, como antes de termos adoptado o Golden, ouvimos muitas pessoas a apregoarem ideias como “os rafeiros não prestam”, “só gosto de cães bebés, quando crescem já não são giros”, “todos os pit bulls são perigosos”, “quem tem animais de estimação tem de ser rico, ter uma quinta, ou privar-se de férias e de uma vida confortável” ou “as associações e pessoas que ajudam animais têm as prioridades trocadas, deviam fazer algo de realmente útil””, desabafaram os criadores da Golden Days, realçando que com a criação desta página querem demonstrar que “estas falácias não fazem sentido”.
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