O palco do Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), de Guimarães, é estreado, em 2018, por Josephine Foster. A artista norte-americana apresenta-se – diz o organismo – “e paira no ar a promessa de um concerto que encantará o público com inebriantes canções folk, que emanam uma aura sonhadora”. O espetáculo, que conta ainda com uma primeira parte a cargo da multinstrumentista e vocalista Ka Baird, tem lugar esta sexta-feira, 16 de fevereiro, pelas 23:00.
A música que Josephine Foster produz “parece cruzar diferentes influências, misturando tonalidades que atravessam o poeirento velho oeste americano com vestígios do jazz e dos blues das horas profundas de Chicago”. Contando já com uma longa carreira, no seu álbum mais recente, “No More Lamps in the Morning”, a cantora e compositora pega em temas de projetos anteriores dando-lhes um novo arranjo.
“As músicas ganham uma nova vida quando acompanhadas da guitarra portuguesa, acrescentando à mescla de influências uma sonoridade ibérica que torna tudo ainda mais peculiar”, acrescenta o CCCV. “Um disco que se sente livre, solto de amarras e convenções, para ser desfrutado em total despreendimento. A anteceder este concerto, sobe ao palco a multinstrumentista e vocalista Ka Baird, conhecida por explorar o psicadelismo eletrónico e pelas improvisações e experimentalismos que envolvem a audiência”, sublinha.
Enquanto adolescente, a cantora, compositora e guitarrista Josephine Foster, nascida em 1974 no Colorado (EUA), aprimorou as suas habilidades vocais em funerais e casamentos e as suas aspirações inclinavam-se para a ópera. Porém, terminados os estudos, começou a gravar uma séria de composições que vieram a dar origem a “There Are Eyes Above”, em 2000, um álbum fortemente marcado pelo seu ukelele e a uma coleção de músicas infantis intitulado “Little Life” (2001), mudando-se pouco tempo depois para Chicago, onde foi professora de canto e atuou com várias bandas.
Foster regressou à sua carreira a solo em 2004 para criar “All the Leaves Are Gone”, uma coleção fantasmagórica de músicas de rock psicadélico com a sua recém-formada banda, Supposed. O ano seguinte trouxe “Hazel Eyes, I Will Lead You”, um trabalho dominado por um som calmo, rústico e inspirado nos blues. Os anos seguintes foram recheados de novas gravações, em que se incluem “A Wolf in Sheep’s Clothing” (2006), “This Coming Gladness” (2008), “Graphic as a Star” (2009), “Anda Jaleo” (2010) e “Perlas” (2012), ambos com a The Victor Herrero Band, e “Blood Rushing” (2012). Mais recentemente, lançou os álbuns de longa duração “I’m A Dreamer”, em novembro de 2013, e “No More Lamps In The Morning”, em fevereiro de 2016. Este último disco, no qual incidirá uma atenção especial neste concerto em Guimarães, incluiu duas músicas com poemas de James Joyce e Rudyard Kipling.