Cantautores estrangeiros e nacionais vão participar, em Fafe, em duas residências artísticas para a partilha de culturas musicais, com posterior edição em CD, avançou hoje o vice-presidente do município.
“Vamos ter aqui duas residências internacionais e duas nacionais. Vamos propor que haja sempre [em conjunto] um artista nacional e um internacional. Vamos pô-los a trabalhar juntos, a mostrar o espetáculo que cada um faz e depois convidá-los a escrever algo que este território de Fafe lhes inspire”, explicou Pompeu Martins.
O vice-presidente avançou que os cantautores de todo o mundo podem inscrever-se para serem submetidos a um processo de escolha de dois artistas nacionais e dois estrangeiros.
As residências artísticas terão a duração de uma semana a 10 dias, naquele concelho minhoto, e vão acontecer após o verão.
Cada uma das duas duplas selecionadas deverá, numa primeira fase, iniciar o trabalho à distância, para os cantautores se conhecerem, com recursos às modernas tecnologias de comunicação. Mais tarde, os dois músicos reunir-se-ão na residência artística, em Fafe, para aprofundar e finalizar o trabalho de autor.
A promoção daquela atividade, segundo o vereador, traduzirá a evolução de um projeto cultural da autarquia, que está a permitir a realização de um ciclo internacional de sete concertos de cantautores, que decorre desde maio, em vários espaços da cidade de Fafe (sala Manoel de Oliveira, Teatro Cinema, Arquivo Municipal e Jardim do Calvário).
O projeto chama-se “48/20 – Ciclo de Cantautores de Fafe”, numa alusão ao código postal do concelho.
Pompeu Martins sublinha a singularidade e o caráter inovador do evento, que diz ser único em Portugal.
“Não existia um lugar no país onde, de forma organizada, os cantautores nacionais e internacionais pudessem encontrar um espaço que está interessado no trabalho deles, que os acolhe e que os convida a mostrar a sua obra”, assinalou o vice-presidente.
O ciclo de concertos foi iniciado no dia 07 de maio, na Sala Manoel de Oliveira, com a atuação de “The Wooden Wolf”.
A 10 de maio, o público ouviu Mute Swimmer, no Arquivo Municipal, e a 29, no Teatro Cinema, as atenções estiveram centradas na música de Nuno Prata. No dia 30 atuou Sandy kilpatrick.
Para sexta-feira, está anunciado o próximo concerto do ciclo, com a exibição de Coelho Radioativo, na Sala Manoel de Oliveira.
No sábado, o palco do Jardim do Calvário vai acolher Noiserv.
O último espetáculo do ciclo de concertos está previsto para 17 de julho, com Manuel Cruz, no teatro cinema.
Destacando a boa adesão do público, incluindo de fora do concelho, aos espetáculos já realizados, no âmbito deste ciclo, Pompeu Martins sublinhou que o município continua a trabalhar, com vários projetos artísticos, para se assumir na região e no país como “uma referência em termos culturais”.
O ciclo de cantautores constituirá, por isso, rematou, mais um “projeto identitário da cidade”.