Os dois canoístas da seleção nacional húngara detidos domingo pela GNR, na sequência de alegadas agressões a uma patrulha da GNR de Prado e a um dirigente desportivo que os impediu de passar por uma zona reservada, no Campeonato Mundial de Maratona em Canoagem, saíram esta segunda-feira em liberdade do Tribunal de Vila Verde, com termo de identidade e residência, medida de coação mínima e obrigatória, já aplicada pela GNR.
O início dos interrogatórios demorou, por falta de tradutor-intérprete, mas uma advogada de Vila Verde que fala bem alemão, língua também dominada pelos dois suspeitos, viria a desbloquear o imbróglio criado, que demorou durante quase toda a tarde em Vila Verde.
Os dois suspeitos, que voltarão agora à Hungria, serão julgados no seu país de origem por alegados crimes de resistência, injúrias e agressões a agentes da autoridade, conforme O MINHO apurou no Palácio da Justiça de Vila Verde, já durante a tarde de segunda-feira, quando a GNR de Prado socorreu o presidente do Clube Náutico de Prado, Horácio Lima.
Este dirigente desportivo confirmou ter havido incidentes, mas procurando relativizar os acontecimentos, negando ter sido agredido pelos dois canoístas húngaros, “mas somente empurrado quando lhes disse que não poderiam passar por um campo vedado com rede”, desdramatizando os acontecimentos que mancharam aquele final do campeonato mundial considerado o melhor de sempre, como anunciou ontem a própria organização do evento.