O secretário de Estados das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas, visitou esta quinta-feira a Montanha da Penha no âmbito da candidatura do local a paisagem protegida. A visita teve como objetivo dar a conhecer as potencialidades do “pulmão verde” do concelho, quer ao nível dos equipamentos quer ao nível dos recursos naturais.
Miguel João de Freitas esteve acompanhado de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, e Roriz Mendes, juiz da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha.
Roriz Mendes fez um resumo histórico da importância da Penha, deixando dois factos importantes como a classificação como Estância Turística de Excelência, em 1923, e a classificação como Imóvel de Interesse Público, em 1953. A Penha, referiu, está referenciada no PDM como “local de interesse geológico”, é uma montanha “detentora de grande biodiversidade”, e contará com a “participação ativa da Irmandade na candidatura a Paisagem Protegida”.
Domingos Bragança realçou a opção estratégica, tomada em 2013, pelo caminho do desenvolvimento sustentável, referindo que, para esse desiderato, “a Montanha da Penha é incontornável”.
Bragança fez questão de reforçar a ideia de que a Irmandade da Penha é parte fundamental no processo de candidatura, bem como o contributo do conhecimento e da ciência, através das prestações da Universidade do Minho e Universidade de Trás-os-Montes, nomeadamente no que diz respeito à reflexão e pensamento que deverão estar na base da candidatura. O autarca disse ainda que pretende ver a Montanha da Penha integrada numa vasta área a que chamou a “mancha verde” da cidade, uma mancha harmoniosa e coerente, com rotas de biodiversidade, que se estenda igualmente às zonas da Lapinha e de Monchique.
Por sua vez, Miguel João de Freitas reforçou a dimensão humana, argumentando que a ligação das pessoas com o território é fundamental numa teia de novas relações que devem incluir também a relação urbano/rural e a relação património natural/património construído. Miguel João de Freitas salientou o “entusiasmo e paixão” dos vimaranenses pelas suas causas.
“Impressiona-me sempre essa força de visão que hoje se sente em Guimarães, que é a força de uma visão que se sabe certa para o caminho de futuro. Este é o século da sustentabilidade ambiental. Em Guimarães respira-se a vontade de fazer deste concelho um concelho deste século”. O Secretário de Estado conclui, dizendo que “o Governo só tem que estar ao lado de quem toma a iniciativa”, deixando clara a ideia de que será portador das boas políticas públicas e da adesão da população.